domingo, 8 de fevereiro de 2015

Serão os políticos o reflexo da sociedade?

São ou não os políticos reflexo da nossa sociedade?
Esta é uma pergunta recorrente, que embora para mim tenha uma resposta fácil, gera alguma polémica e opiniões várias.
Pois para mim, os politicos são sem sombra de duvidas reflexo da sociedade onde estamos inseridos. Como disse alguém há algum tempo atrás, quem está no topo da hierarquia, não foi criado em redoma de vidro ou num viveiro próprio para dirigentes.
A maior parte das pessoas que conhecemos, não se revêem nos governantes. Pois até pode ser, mas grande maioria, tem memória curta ou mente com todos os dentes que tem na boca!
Ora vamos lá ver!
Então os governantes, politicos em particular, não são eleitos de forma democrática, por todos os cidadãos do país com direito a voto? Não são escolhidos pelos eleitores, como sendo os mais capazes para desempenharem as funções a que se candidatam? Pois cá a mim, quer cá parecer que assim é. Quem vota, em partidos que nunca chegam ao poder, até pode ter alguma razão, no argumento "do não se revê". Mas efectivamente estes não são a maioria. A maioria são os que tem estado no poder desde que acabou a ditadura em Portugal. De um partido ou de outro, o comportamento e postura tem sido rigorosamente a mesma.
Mas é a mesma porque a sociedade também é a mesma! É por esse facto que não há mudanças substanciais, e tudo continua como no principio, cada um safa-se como pode.
Ora se pensarmos um bocadinho, se tentarmos observar o que nos rodeia, as organizações ondem estamos inseridos ou com as quais colaboramos, verificaremos que não diferem em nada das organizações governamentais.
Então a grande maioria das empresas que conhecemos, não são também elas associações onde os interesses que se defendem, são única e exclusivamente os interesses de quem manda?
Então os clubes e agremiações, que conhecemos ou nos quais somos participantes, não são associações onde o compadrio, os conhecimentos e os favores imperam, em detrimento do real valor dos seus participantes?
Pois parece-me que estes dois exemplos reflectem bem, o comportamento da nossa sociedade. Não vejo diferença entre os exemplos que usei, e que reflectem a maioria do nosso país, e as instituições governativas do pais e os seus respectivos titulares.
É típico do povo português, reclamar. Reclama-se por tudo e até por nada. Mas será que se reclama no sitio certo e com quem de direito? Pois talvez não! Porque se assim fosse, além de já se ter mudado alguma coisa, haveria muito mais pessoas acusadas e com problemas às costas. Mas isso as pessoas não querem! Não podem perder tempo para irem às autoridades. Não ganham nada com isso(O argumento mais utilizado)!
As pessoas não são sérias, tal e qual os políticos. As pessoas não reclamam de forma justa e correcta, não sabem o que dizem nem como dizem! O exemplo disso são os livros de reclamações, ou estão vazios ou então tem reclamações absolutamente estúpidas.
Pois com os políticos também se passa o mesmo. Se não vejamos.
Há algum governo que consiga o apoio da oposição para aprovar uma medida, seja ela reconhecidamente boa ou até mesmo imprescindível para o bom funcionamento do país?
Consegue algum partido da oposição, fazer aprovar alguma proposta reconhecidamente boa ou absolutamente necessária para todos nós!
A resposta é sobejamente conhecida: NÃO!
Pois bem, assim sendo há possibilidade de duas conclusões:
1- Há um lado permanentemente correcto, o outro permanente errado.
2- Nem de um lado nem de outro, há honestidade e seriedade, as pessoas movem-se por interesses corporativos ou pessoais, ignorando completamente o bem comum.
Como já não acredito no Pai Natal (quando eu era criança, não havia Pai Natal!), tenho que constatar que a falta de seriedade, a falta de justiça, os interesses corporativos, os interesses pessoais, são os "valores" praticados por quem nos dirige, tanto no governos como na grande maioria das instituições com as quais lidamos. Sejam elas públicas ou privadas, sejam elas instituições de solidariedade ou empresas.
Quem nos dirige, não é reflexo da sociedade que temos! É parte integrante dessa sociedade. É sim reflexo de tudo o que permitimos e aceitamos para vivermos sem.......!

1 comentário:

  1. Depois de ler e refletir sobre o assunto cheguei a conclusão que não deixa de ser verdade o que referiste, mas na minha opinião eu penso que as pessoas querem agir, querem mudar as suas vidas e tudo o que se relaciona com elas mas não sabem qual a maneira mais indicada e como a fazer. Também e verdade que os partidos opostos se encontram constantemente em desordem a nível das reformas e das medidas, isto deve-se ao facto disto tudo não passar de um jogo de puder. É normal que partidos que defendam filosofias opostas estejam em contradição muitas das vezes, mas é importante que haja união entre eles e uma espécie de auto-ajuda. Pois desse modo será mais fácil a implementação de medidas mais justas e mais benignas para a sociedade. A sociedade precisa de ser administrada por alguém com valores partidários indiferenciados, ou por uma comunidade de vários políticos todos de partidos diferentes, como isso seria uma missão quase impossível seria necessário promover essa ideia pelas identidades máximas que estão directamente ligadas à politica.

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