domingo, 28 de novembro de 2010

A vida é mesmo assim!

Nem sempre a vida nos corre como mais desejamos. Os humanos tem uma particularidade, erram. Eu sou humano!
Nesta “história” de meter os pés, há algo que parece contraditório, mas bem vistas as coisas não há nenhuma contradição, a vida é mesmo assim.
Quando os nossos erros afectam pessoas de que gostamos muito, pessoas que são “grandes”, a “dor” é maior, a consciência pesa mais, a desilusão é enorme. Mas é também quando são essas as pessoas afectadas, que as feridas saram mais depressa, que mais rapidamente damos a volta por cima, que melhor aproveitamos os erros com o intuito de melhorar a nossa performance no futuro, tornando o que que era forte, em algo muito forte.
Como a minha inspiração tem andado pelas ruas da amargura, achei que seria apropriado deixar aqui algumas citações de grandes “pensadores”. Umas porque fazem parte da minha vida, são bandeiras que carrego. Outras porque são frases muito verdadeiras e que quando bem aplicadas fariam com que todos vivêssemos um bocadinho melhor.
Os que são grandes, bons e fortes são dignos e serão sempre, os pequenos, maus e fracos tem como única virtude ajudar os fortes a crescer.

“Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.”
Platão

“Os homens erram, os grandes homens confessam que erram.”
Voltaire

“Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.”
Albert Einstein

“Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receeis corrigir os teus erros.”
Confúcio

“Não corrigir as nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros.”
Confúcio

“O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum, aos outros.”
Confúcio

“Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos.”
Confúcio

“Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e na desgraça, a qualidade.”
Confúcio

“A nossa maior glória não reside no facto de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.”
Confúcio

“Somente os extremamente sábios e os extremamente estúpidos é que não mudam.”
Confúcio

“Aquele que aprende, mas não pensa, está perdido. Aquele que pensa mas não aprende, está em grande perigo.”
Confúcio

“A lei de ouro do comportamento é a tolerância mutua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos.”
Mahatma Gandhi

“O amor é a força mais abstracta, e também a mais potente que há no mundo.”
Mahtama Gandhi

“Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.”
Mahatma Gandhi

“O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte.”
Mahatma Gandhi

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lições da vida!

Conforme vamos crescendo, na idade, vamos adequando a nossa forma de pensar á realidade com a qual nos confrontamos. A forma como pensamos é sempre resultado de todas as nossas vivências, de todas as experiências por que vamos passando, umas com mais êxito outras nem tanto. Mas são elas que nos tornam naquilo que realmente somos.
Nestes anos que levo a tentar gozar o facto de cá andar, tenho tido algumas vivências que tem feito com que tenha também mudado a minha forma de pensar de uma maneira mais repentina.
Há uns anos atrás, fui solicitado para fazer uma viagem de trabalho ao Banco Central da Republica Democrática do Congo. Foi provavelmente o meu primeiro grande ponto de viragem, de forma consciente. Sim, porque há aqueles que nos fazem alterar o nosso rumo, mas nós nem nos apercebemos. Esta viagem foi a primeira, que realmente me pôs a pensar!
Quando me foi perguntado se eu queria ir durante sete dias a Kinshasa, tive conhecimento de que trabalho especifico iria lá fazer, qual a razão porque me estava a ser solicitado a mim, e as condições logísticas para a realização do mesmo.
Ao tempo, a minha experiência, neste tipo de viagens era praticamente inexistente. Viajar para África era uma aventura, ainda hoje é, mas na época, era praticamente um salto no escuro. Estou a falar de há dez anos atrás, a diferença parece pouca, mas acreditem é enormíssima.
Quando cheguei ao aeroporto de Kinshasa, depois de um dia de viagem, tinha saído na véspera de casa viajei via Paris num o voo entre França e a Rep. Dem. do Congo com cerca de dez horas lá em cima, tinha um fulano com uma ardósia da coca-cola, aquelas que costumam estar nos snack bares e onde está escrita a ementa do dia, onde se fazia ler o nome do sujeito que o portador da dita ardósia, esperava. Achei tanta piada à originalidade, que só quando a sala VIP do aeroporto estava praticamente vazia e não encontrava ninguém à minha espera como era suposto, li o que estava escrito na placa tão original: Mr. Duarte. Eu próprio!!!!!
Cheguei a Kinshasa em dia do meu próprio aniversário, já noite, fizeram-me instalar no melhor hotel da cidade, Hotel Interconti. O protocolo do Banco, foi exemplar, sim porque em África, normalmente as entidades publicas tem um departamento de protocolo que se ocupa dos visitantes, e que tudo tenta (no meu caso pessoal) fazer para tornar mais fácil a vida de quem os visita.
Das varias coisas que me marcaram, a que deixou marcas mais profundas, foi o constatante contacto entre dois mundos. O mundo de quem tem tudo, mas mesmo tudo! E o mundo de quem não tem nada, mas mesmo nada, e que só quem passa por ele sabe o que é!
A minha dormida (e só dormida, excluindo as refeições que também lá fazia) no hotel, custava a modica quantia de 275 Dolares Americanos, pagos pelo Banco Central do Congo. Quem iria passar o cheque da minha estadia, recebia de ordenado mensal o equivalente ao valor de uma refeição minha no hotel, onde o repasto era Pizza acompanhado de uma cerveja, ou seja aproximadamente 40 USD.
Uma cerveja, que tinha como preço 5 USD, era servida por um empregado aprumado, que cumpria todas as regras de etiqueta e gentileza, mas recebia por mês o equivalente ao meu consumo por refeição  da referida bebida, três cervejas!
Um dos exercícios mentais que fiz quando me vim embora, e ainda hoje dou como exemplo, tem a ver com o esforço que um trabalhador assalariado, com rendimento médio,na Rep. Dem do Congo, tem que fazer para poder comer uma Pizza. O equivalente, ao que um individuo a trabalhar em Portugal, e que ganhe o ordenado mínimo, tem que fazer para levar um(a) acompanhante ao Casino do Estoril onde irá oferecer o jantar e o espectáculo no Salão Preto e Prata!
Uma pizza, o equivalente a um mês de ordenado!!!!
Não temos o direito de nos queixarmos daquilo que a vida nos tem proporcionado!
Só necessitamos do que conhecemos!
Provavelmente conhecemos “demais”!!  

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

À procura da perfeição

Que a “malta” anda sempre insatisfeita já todos nós sabemos! Mas tenho é sensação que o pessoal anda insatisfeito mas nem sabe bem porquê!
Atenção, não é de crise económica ou financeira que vou escrever, é sobre “outras” crises!
As pessoas tem muita dificuldade em estarem satisfeitas só com o que têm, nunca chega, querem sempre chegar um bocadinho mais além. Normalmente chama-se Ambição a essa insatisfação. O facto de se querer mais, não é de todo uma característica negativa por parte das pessoas que assim são, bem pelo contrario, em minha opinião. Bem sei que a Ambição, não pode, nem deve ser desmedida. Mas a medida da Ambição é sempre a medida de cada um de nós!
Não descobri a pólvora (mas esforcei-me), verifiquei foi que a razão da minha insatisfação, está directamente associada á minha busca pela perfeição.
Partindo deste raciocínio, depressa concluo que jamais vou estar satisfeito, pois nunca irei encontrar a perfeição.
Depois destas “brilhantes” conclusões (digo eu), há aqui algo a resolver! Eu quero passar a estar satisfeito, mas quero acreditar que vou alcançar tudo o que sonho! Então como é que irei fazer? Fico-me ou não? Continuo à procura ou cesso a busca?
Bem lá terá que ser como até aqui, numas ficou-me, e noutras lá terei que ir até ao fim do mundo. É assim com quase toda a gente.
Esta “intodução” toda, para dizer que esta “coisa” de teremos dificuldade em estarmos satisfeitos, é a mesma “coisa”que nos provoca uma tendência desgraçada, para tentarmos modificar as pessoas de que mais gostamos ou nos são mais próximas. Cada um de nós, uns melhor outros pior, apesar de conhecermos os nossos defeitos e virtudes, ou achar que conhecemos, temos uma certa tendência para pensarmos que somos “mais”, do que na verdade constitui o nosso Ser.
Quando nos enamoramos de alguém ou de algo, deve ser porque o motivo da nossa “paixão” tem tudo a ver connosco, porque tem algo de que realmente gostamos muito. Acontece é que, depende de pessoa para pessoa, pouco tempo depois do flash da paixão, vem as tentativas de mudança. Se a razão da paixão, for um objecto, há que personalizar o dito cujo, torna-lo único, para todos perceberem que só pode ser nosso. Se o motivo do e namoramento, for outra pessoa, ai há que lhe tentar eliminar os defeitos, limando as arestas que nós achamos imperfeitas.
Porque é que não aceitamos os outros como eles são? Porque temos uma tendência malvada de os queremos tornar nas pessoas que gostaríamos que fossem?
Se muitos de nós temos muita resistência à mudança, porque será que quando no papel oposto, pensamos que os outros podem mudar facilmente?
São muitas perguntas! Seria muito mais fácil pensar, que os outros tal como nós, tem carácter, tem as mesmas razões para serem como são tal como nós temos as nossas! Então se não estamos dispostos a abdicar de “nós” de mão beijada, porque estarão os outros?


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Anedota

Quando iniciei este blog, tracei alguns objectivos e algumas regras com a intenção de manter uma linha “editorial” coerente.
Uma das regras que tenho tentado cumprir, é a de não tornar este “espaço” demasiado intimista. Tudo o que tenho escrito, é pessoal, pois é sempre e só a minha opinião, a minha forma de encarar ou apreciar o que relato.
Esta conversa toda, tem a ver com alguma “dificuldade” na escolha de temas para abordar.
Há algum tempo atrás, fiz um “pedido” publico de ajuda para o municiamento da minha inspiração, recebi algumas propostas. Uma delas, foi vaga mas fez-me reflectir e causou-me algum “embaraço”!
“ Escreva sobre alguma coisa bem humorada.” Foi esta a sugestão. Quem a fez, não teve consciência dos trabalhos em que me meteu!!!
Depois de “muito” reflectir, cheguei à conclusão, que escrever sobre algo bem humorado, ou fazer humor…é muito mais difícil, do que falar de tragédias ou fazer dramas!
Quando tudo anda na mó debaixo, é muito mais difícil puxar a malta para a mó de cima. Isto é tudo um ciclo vicioso, e  contagiante. É necessário muito “treino” para resistir ao contagio dos “males” que andam à nossa volta. Vou ter que treinar mais!!!
Como também não quero um espaço com uma onda negativa, escrever sobre a actualidade não é decididamente uma boa opção.
No meu trajecto de vida, tenho passado, vivido imensas estórias umas mais bem dispostas que outras, mas como também não quero tornar o espaço intimista… bem a coisa está a tornar-se complicada!
Bem decidi!!!!
Para hoje vou deixar uma anedota retirada do livro de anedotas da Maxmem.
“ O padre Dinis era novo na freguesia, tendo substituído o velho padre Eustácio. Dinis estava uma bela tarde no confessionário, quando surge um jovem para se confessar…
- Sr. Padre vinha-me confessar…
- Diz lá que pecado cometeste?
- Ai sr. Padre, ontem estive com a minha namorada e…
- Sim, vá lá e …
- E depois tive relações sexuais com ela.
- Mas ter relações não é pecado!
- Mas sr. Padre é que meti o pénis no ânus da minha namorada!
O Padre Dinis fica atrapalhado, sem saber qual a punição apropriada e grita para a sacristia:
- Oh Sacristão, o que é que o Padre Eustácio dava pela pratica de sexo anal?
- Dava-me um chocolate Tobblerone, sr. Padre.”
Que Sacristão guloso!!!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Erros

Errar é humano!
Uma expressão que utilizamos quando nos convém!
É verdade que todos nós cometemos erros, é verdade que a grande maioria dos erros que cometemos são inconscientes, mas isso não faz com que errar seja um acto “permitido”! Ou melhor dizendo, não faz com que aceitamos melhor os erros que os outros cometem e nos “prejudicam”. Porque as asneiradas que nós próprios fazemos, essas sim são permitidas! Porque errar é humano!
É com dificuldade que aceitamos que alguém, teve uma atitude ou praticou um acto que põe em causa os nossos interesses. Essa mesma dificuldade, transforma-se em facilidade, quando pretendemos justificar ou que as nossas desculpas sejam aceites, por outro que se viu lesado por algo menos ponderado ou inconsciente que levamos a cabo.
A compreensão é algo que tem que imperar nas nossas vidas! Quantas vezes não julgamos os outros, desconhecendo a suas verdadeiras motivações? Quantas vezes não somos julgados de forma injusta, sem ninguém nos perguntar nada, sem podermos argumentar para nossa defesa? Algumas, bastantes, em demasia, atrevo-me a dizer!
Não é correcto, muito menos justo, que tenhamos dificuldade em aceitar aquilo que “exigimos” que os outros aceitem de nós próprios! Não me parece honesto, que avaliemos de forma diferente actos ou atitudes iguais ou semelhantes, só porque são praticadas por pessoas diferentes.
Um erro é um erro, seja lá ele praticado por quem quer que seja! É assim que penso, é assim que tento agir. Lá porque conheço as minhas motivações, não tenho que desculpar os meus erros, só porque são meus! Todos, mas mesmo todos, tem direito à sua defesa, tem direito a justificar as suas atitudes. O que acontece, muitas vezes, é que pelo facto de não nos interessarem, de não concordarmos, não somos suficientemente compreensivos para tentar perceber o que motivou alguém a fazer algo que nos desagrada. Compreensão essa que acusamos os outros de não terem, quando não nos “tentam” entender.
Não faças com os outros o que não gostarias que fizessem contigo!
Provavelmente haverá alturas em que não conseguimos fazer prevalecer esta máxima, só porque somos humanos, só porque tal como os outros, também erramos. Quanto mais compreensivos, quanto mais facilidade tivermos para tentar compreender os erros dos outros, maior facilidade teremos em ser perdoados, desculpabilizados dos nossos próprios erros.
Na vida, quanto mais damos, maiores são as probabilidades de recebermos! Quanto mais compreensão tivermos com os outros, mais hipóteses temos que sejam compreensivos connosco, quando tal é necessário.
É tudo uma questão de dar e receber!