sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Orçamento da vergonha!

O que se está a passar com o Orçamento Geral do Estado, é uma verdadeira vergonha!
Não é admissível que 10 milhões de pessoas fiquem penduradas nos interesses e vontades politicas, de um grupo restrito de aldrabões, que ainda por cima foram eleitos pelos seus concidadãos, para defender os verdadeiros interesses do resto da população.
Fiquei “impressionado” quando o ministro da finanças, teve a “coragem” de dizer, que era preferível não ter orçamento, a ter um orçamento com as alterações que o partido da oposição pretendia!!!
Isto é grave!!! É arrogante!!! É pouco sério!!!
Como toda a gente que me conhece bem, sabe, eu sou a-partidário. A politica interessa-me, gosto de participar civicamente no desenvolvimento do meu país. Acredito nas pessoas, gosto de pensar que as pessoas tentam sempre, fazer o melhor que podem e sabem. Como tal há umas que me satisfazem mais, porque as acho mais capazes de por em pratica tanto o que defendem como o que eu gostaria de ver posto em pratica! Não sou ingénuo, sei bem que há imensos interesses por trás de muitas das decisões politicas que são tomadas, indepentemente de quem lá está, acaba por acontecer. A defesa dos amigos, a cedência a lobbys e grupos de pressão, é “normal”. O que para mim deixa de ser normal, passa a ser criminoso, é quando as evidencias, quando o interesse de um todo é posto em causa por causa de um grupo restrito.
Não concordando, consigo entender que no tempo das vacas gordas, quando ninguém se preocupa com os gastos, alguns se aproveitem disso e “comam” mais do que outros.
Mas em tempos como aquele que vivemos agora, não há hipótese, cada um tem que pagar à sua medida, não é correcto, muito menos justo, que todos paguem na mesma medida! Ainda por cima, porque aqueles que mais vão pagar, proporcionalmente, são os que menos contribuíram para o momento que passamos.
Não se pode cortar nos salários dos funcionários públicos, e manter todas as mordomias e benesses que existem para um grupo restrito de pessoas que se passeiam nos corredores do poder! Quanto é que se pouparia, cortando nas viagens em executiva para membros de governo e seus acompanhantes? Quanto é que se pouparia racionalizando muitos dos serviços e das operações dentro do próprio estado?
Diz o governo, que os assessores são imprescindíveis! Só porque o governo quer, porque se tal acabasse, acabariam muitos dos “jobs for the boys”. Mas ao acabarem estes empregos para amigos, não se perderia nada, pois dentro do aparelho Estado, há muita gente qualificada, muitas com muito mais aptidão que alguns dos “boys”, e muito mais baratos. Não há mais contenção nas despesas do estado porque não há vontade politica!
Esta da vontade politica, provoca-me uma irritação!!!!
A vontade politica, os interesses políticos nunca podem ser superiores aos interesses do país, ao interesse da maioria da população!
O que o governo fez, sim, porque é quem precisa, que tem que dar a mão á palmatória, com a recusa a ceder para o acordo orçamental, foi fazer subir a os juros da nossa divida publica em quase dois pontos percentuais. Ou seja, por causa da arrogância de dois ou três, vamos todos pagar muito mais! Mas pelos vistos isso pouco importa, pois o P.M., com a lata que lhe é reconhecida, diz que vai fazer um esforço!!!! Apetece dizer como se diz no Porto! Pu#$ que o pariu, então porque não fez antes? Antes da taxa de juro da divida publica ter aumentado? Os interesses do país não estão a ser postos a cima dos interesses de um grupo restrito de gente com poucos escrúpulos!
Muito mau, tudo isto que permitimos que continue a existir no nosso país!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pouco sério, muito irresponsável

Os nosso políticos, não são sérios! A nossa justiça não é séria! Os nossos jornalistas, não são sérios! Os (As) nossos (as) …, não são sérios (as)!!
Afinal quem é sério em Portugal???
Pelos vistos ninguém!! Se não fosse grave, era uma anedota divertida!
Sempre achei, e continuo a achar, que os exemplos partem de cima. É o topo da cadeia hierárquica que tem que mostrar como se faz, não chega dizer o que tem que se fazer, tem que se fazer!!!
É assim com tudo, se pegarmos no exemplo dos nossos filhos, depressa vamos perceber, que mandar não chega! Tem que se saber mandar, tem que se mostrar como se faz!
Em Portugal, é muito difícil, encontrar alguém no topo da cadeia hierárquica que dê o exemplo. Esse é outro dos problemas que por cá persistem! Mas a questão é simples, as pessoas são assim, porque a sociedade é assim. Qualquer um quando lá chega, acaba por fazer o mesmo, tudo aquilo que criticava, fica para trás das costas, porque o que é “bom” é para se aproveitar!
A questão que estamos a viver em Portugal, com o Orçamento Geral do Estado, é mais uma anedota.
Primeiro, começa com os timmings, toda a gente vai protelando a decisão até á ultima, as decisões, nomeadamente as que dizem respeito a cortes, são adiadas até à ultima, o que provoca um atraso, no inicio da elaboração dos mapas e quadros, de cerca de duas semanas. Mas depois o prazo de entrega, mantém-se!!! Ou seja os políticos, por irresponsabilidade, estão-se a borrifar para o povinho. Os técnicos depois trabalham horas a fio sem poderem ir á cama, com o prejuízo respectivo, na saúde e na execução do seu trabalho propriamente dito. Muitos dos erros que são cometidos na execução do documento, são por irresponsabilidade, dos dirigentes políticos. Que por adiarem a tomada de decisões, põem em causa tudo o que se segue.
Segundo, tem a ver com as “chantagens”, que temos tido oportunidade de observar. O que se tem passado, só mesmo num país terceiro mundista, tem razão de existir!
Um governo que sabe precisar do apoio de outro partido para continuar a governar, mas que não põe de lado a arrogância que o caracteriza…muita falta de moral! Por outro lado os partidos, que não conseguem fazer nada sem o apoio do partido do governo, mas que são oposição, só porque são Oposição… muita falta de inteligência!
A parte mais grave. É que todos nós pagamos, e muito, para participar enquanto figurantes (pagadores) neste filme de péssima qualidade, na irresponsabilidade geral.
Em França, país muito á frente no que diz respeito á solidariedade , por causa do aumento da reforma em dois anos, tudo parou ou esteve quase a parar! Aqui que somo vilipendiados, todos os dias, da forma mais arrogante e cruel, a malta continua pacifica e acomodada, refilando entre dentes, mas quando chega a hora da verdade, mentira fica tudo em casa, no quentinho do sofá, se for numa estação fria, porque se for no Verão á praia é um óptimo destino para fugir às responsabilidades! Mais uma atitude pouco séria! Mas muito irresponsável! 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Filosofia empresarial

Não há qualquer duvida que a nossa classe empresarial, na sua esmagadora maioria, não tem formação nem preparação, muitos nem vocação, para dirigir as nossas empresas!
Já mais do que uma vez referi neste blog, a falta de organização e de visão existente no nosso país e que nos deixa na desgraça onde estamos mergulhados.
Há actos, politicas e atitudes, que se põem em pratica nas empresas do nosso país, que me deixam estarrecido! Não pelos actos em si, mas pela falta de inteligência, que a maioria deles revela.
Sem nunca ter tido formação académica, sobre a melhor forma como gerir uma empresa, a formação que tenho nesse capitulo, é a que a vida me tem proporcionado. Mas há uma coisa que sei, e que todos os quem tem o mandato para dirigir os destinos de algo, deveriam de saber também: Não se atinge o topo sozinho! Numa empresa só conseguimos atingir os objectivos se os colaboradores da mesma a isso estiverem determinados. É como uma grande engrenagem, tudo que estar bem lubrificado e perfeitamente afinado, para se atingir o máximo rendimento. As maiores empresas, as melhores empresas, é assim que lá chegaram.
No nosso país, talvez por ser tão pequeno, a mentalidade é diferente, e talvez também por isso mais “pequena”!
Tenho por convicção, que quanto mais satisfeitas as pessoas andarem, mais conseguirão produzir, logo mais rentabilidade conseguirão atingir. Ou será que nós por cá, não temos em conta a rentabilidade? Pois é o que parece, pois se assim não fosse não haveriam tantas coisa dentro das empresas, de um modo geral, tão mal planeadas.
A maior parte das vezes, promover a satisfação dos colaboradores, não implica gastos adicionais, a não ser de tempo e de palavras! Quantas chefias, não há, que durante um ano inteiro, não dirigem uma única palavra de agradecimento ou conforto a um ou mais colaboradores, que nunca falharam, que sempre tiveram um desempenho exemplar? Pois em Portugal há muitos assim! Não se agradece ou incentiva, porque a seguir, vem pedir melhoria de condições! Estupidez, em minha opinião é pura estupidez! Porque depois, quando a mesma pessoa tem o “azar” de cometer uma argolada, ninguém o poupa.
Não é esta a formula que mais proveitos trás, elogiar quando assim tem que ser, e chamar a atenção, quando os erros acontecem. Uma palavra de carinho e incentivo, no final de um dia complicado, ou de um trabalho árduo, faz subir a moral de quem o executou. Achando o mesmo que vale a pena o esforço, porque tal lhe é reconhecido. Já o oposto também é verdade, ou seja, a falta da palavra, vai fazer pensar que não valeu o esforço, que depois de tanto trabalho, de tanto “sacrificio”, ninguém reconhece o valor do mesmo.
Cada um de nós pensa sempre, que o nosso é o mais importante…e ás vezes até é!
Cabe a quem dirigir, perceber se é mesmo, ou não. No caso de ser, há que dizê-lo, se não for, há que dizê-lo também. Muitas vezes basta uma conversa, para se desfazerem iquivocuos e mal entendidos, resultando isso num melhor ambiente laboral, consequentemente num melhor prestação de quem tem por obrigação contribuir de forma produtiva para o desempenho da entidade que lhe paga o salário.
Um “ligeira” mudança na filosofia, traria concerteza, um aumento das nossas performances enquanto país “pouco” produtor! Sim porque os nossos imigrantes, são bons trabalhadores… a diferença está tão só em quem os comanda, e que incentivos lhes são proporcionados!
Um sorriso, uma palavra “amiga”, produz muito mais, que a arrogância e a autoridade de quem tem pouca visão! 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Convencido ou talvez não!

Há pessoas, que por terem facilidade em exprimir-se, por não terem qualquer pudor na revelação dos seus pensamentos ou sentimentos, são apelidadas de convencidas.
Uma pessoa convencida, é alguém que não tem constrangimento em dizer o que pensa, nem tão pouco sobre si próprio!
Penso ser muito mais errado, alguém hipócrita, que embora se julgue o “melhor”, diga o oposto, do que alguém que é realmente bom no que faz, seja lá o que for, e quando confrontado com isso, não tenha pudor em se afirmar como tal.
Teorias há muitas, pessoas a avaliar os outros, os seus comportamentos e atitudes, também. Agora pessoas com capacidade de olharem para o seu próprio umbigo, ouvirem a opinião dos outros, e reflectirem sobre isso, há muito poucas. A imparcialidade em causa própria, penso ser algo impossível, haverá sempre alguns constrangimentos quando se tem que decidir, contra nós próprios. No entanto há pessoas que tem discernimento suficiente para fazer mea culpa e assumirem erros ou faltas, quando para isso são chamados a atenção.
Há pessoas assim, que embora sejam “convencidas”, também conseguem pedir desculpas e assumir os seus erros.
O único convencimento destas pessoas, é que são seres humanos, como tal tem coisas boas e coisas más! Serão boas em determinadas facetas e provavelmente más noutras. O que os “não convencidos” não gostam é que os “convencidos” publicitem os seus feitos, as suas virtudes. Porque se publicitarem os seus defeitos, ai já não haverá qualquer problema, não há um rotulo, e se houver é no sentido positivo, até são capazes de dizer que se trata de uma pessoa humilde e honesta!
O que eu não entendo, é por que é que se eu anunciar o meu lado menos bom, sou um modesto, logo um gajo porreiro. Mas se eu afirmar o que penso de mim próprio naquilo que tenho de melhor, chamam-me convencido, fazendo notar o lado negativo que isso tem! Não me parece sério!
Pois se eu pensar que não presto, e o afirmar, não serei também convencido? Estarei convencido que sou uma “nodoa”! Ai preciso de ajuda, coitadinho, vamos lá levanta-lo, ele até é um gajo porreiro!
Mas seu eu mostrar, aquilo que dizem de mim, sim porque se as pessoas se tornam “convencidas” é porque alguém enalteceu as qualidades que apreciou nessa mesma pessoa. Já estarei a ser um fulano que “tem a mania”! Não serei a mesma pessoa? Não será pouco poder de encaixe por parte de alguns que tem dificuldade em relacionar-se com o sucesso dos outros? Pois é o que me parece!
São as pessoas com moral em cima, confiantes, e com o ego elevado que elevam a moral dos outros.
Como tudo na vida, cada cabeça sua sentença! Não penso, que uma pessoa pelo facto de não ter pudor em afirmar o seu lado positivo, seja um mau carácter ou alguém repugnante. Uma coisa é ser “bom” e afirma-lo ou publicita-lo, “ser convencido”, outra coisa é ser arrogante, ou seja pelo facto de se ser bom num qualquer acto ou actividade, mostrar isso denegrindo, rebaixando os que não estão ao seu nível.
Ser “convencido” não é necessariamente um defeito, desde que como em tudo na vida a “coisa” tenho peso, conta e medida!
Eu sou “convencido”, por varias razões, mas as que mais contribuem para isso são sem duvida o facto de ter orgulho em ser quem sou e como sou. E esforçar-me para me deitar todos os dias de consciência  tranquila, com sentido de dever comprido porque me esforcei para fazer o melhor que me era possível em cada tarefa/acto que desempenhei. 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Férias!

Férias, parece ser uma palavra magica para muita gente. Quem não gosta de férias? Não deve de haver ninguém! As férias são uma das compensações a que, quem trabalha tem direito. Um período de descanso da actividade laboral, que pratica durante um determinado período.
Bem sei, que há muitas pessoas que não tem férias. Umas porque não querem, outras porque não podem, e até há as que estão de férias o ano todo ou até mesmo a vida toda!
Não é esse o assunto que resolvi abordar!
Como já sabem os que me lêem com alguma regularidade, não tenho receitas milagrosas, muito menos quero impor a minha opinião a quem quer que seja, há no entanto algumas coisas que não compreendo ou que me fazem muita “confusão”, daí a razão dos meus comentários.
A forma como grande maioria dos Portugueses decide passar as férias, é uma das coisas que tenho alguma dificuldade em compreender!
A estação do ano preferida para as férias, é mesmo o Verão. Bom tempo, dias mais compridos…, faz todo o sentido, ainda por cima somos um país costeiro, com praias magnificas, nunca fomos muito virados para o campo, ou melhor quando se fala em férias, normalmente o pensamento “foge” logo em direcção à praia!
Até aqui nada de anormal! Nada de estranho!
O que para mim não faz sentido, são as confusões em férias. O período de férias, em meu entender, deve ser uma das poucas ocasiões durante o ano, em que o próprio “pode” decidir o que fazer consigo mesmo. Tentando fazer coisas que goste e aprecie, um período dedicado ao prazer! Atenção! Prazeres, cada um escolhe os seus!
O que penso não dar prazer a ninguém, e portanto não entender! É que as pessoas, escolham locais para passar as suas férias (e até pagam para isso), onde aquilo de que se queixam durante o ano inteiro, falta de tempo, transito, muita gente, muito barulho, seja o que impera nos locais eleitos!
Não estou a falar das pessoas que não podem escolher onde passam férias. Estou a pensar naquelas, que por exemplo ao fim de semana não saem de casa, por causa do transito, estou a pensar naquelas, que não frequentam determinados restaurantes sem mesa reservada, pois não tem tempo nem paciência para estar à espera. São essas mesma que “gostam” de frequentar praias, restaurantes e dormir em locais, durante o período de férias, onde o stress, é maior do que durante o ano todo!
Se não vejamos, estacionar o carro, perto da praia ou a dois quilómetros, meia hora ou mais, mal arrumado sujeito a reboque, ida para a praia, como se vai para o trabalho: Stressado, irritado!
No que diz respeito às refeições, acaba por acontecer o mesmo, pois os que se decidem por não as confeccionar e optam pelos restaurantes e “derivados”, “sofrem” bem mais durante o período, supostamente de dedicado ao descanso, do que ao resto do ano. Os que tem o prazer da cozinha, “passam-se”  nas filas de supermercados e praças, normalmente acabando por não comprar o que pretendiam, pois os produtos groumet e similares desaparecem mesmo antes de entrar nos locais de venda.
Tenho para mim, que férias, sim, muitas! Mas durante o mês de Agosto e ainda por cima em locais hiper frequentados: NÃO
Gosto de locais “agitados”, gosto da noite, gosto de sair, gosto da diversão. Mas gosto muito mais, de poder ser eu a decidir quando tenho tudo isto. Não parece ser um decisão possivel a quem passa “férias” no “locais da moda”!
Mas como em quase tudo na vida: é uma questão de gostos, de opções! Cada um faz as suas!