domingo, 28 de fevereiro de 2010

Relações e o prazer!

Nas sociedades modernas, as relações tende a ser cada vez mais frias. O facto de termos a nossa agenda diária completamente cheia, faz com que aquilo que não é uma obrigação seja relaxado. E normalmente o que é que se relaxa? Não só, mas também as relações. E não só as relações conjugais, mas todo o tipo de relações que eventualmente tínhamos quando o tempo não era tão escasso,depois não conseguimos ter um buraquinho para dar-mos atenção aquilo que devia ser a nossa primeira prioridade.
A primeira prioridade, porque sem relações, não conseguimos viver. As solicitações de que vamos sendo alvo, a todos os níveis fazem com que o nosso quotidiano esteja muito preenchido, mas a maior parte das coisas que acabamos por fazer são um desperdicio de tempo. Somos capazes de passar três horas a plantar no farmville ou a fazer trabalhos no mafia wars, e não somos capazes de passar meia hora a distribuir amor a alguém que sem ele tem dificuldade em viver.
O que mata qualquer relação é a ausência. Quem não aparece esquece, é verdade!
Muitas das relações acabam por morrer, não porque as pessoas estejam ausentes fisicamente, mas porque o mais importante quando se está junto de alguém, não está lá: - a cabeça!
A falta de dialogo e de compreensão são o rastilho para fazer despoletar o que acaba por arruinar tudo, a saturação.
Quando as pessoas se saturam do que quer que seja, tem muito mais dificuldade em fazer esforços, tem muito mais dificuldade em aceitar os erros ou os defeitos. E depois ainda acontece uma coisa mais impressionaste, é que aquilo que até era uma virtude na fase do encantamento, passa a ser um defeito terrível quando se chega á saturação.
Há alguns anos atrás, as relações eram mais duradoiras, especialmente as conjugais. É dessas que vou falar!
O facto de serem mais duradoiras não significa que fossem mais salutares. Os valores que orientavam a nossa sociedade eram bem diferentes, a "ignorância" das pessoas era bem diferente. Nos dias que correm temos acesso a tudo, e de uma forma quase instântania. Há uns anos atrás não era assim, as pessoas viviam quase como que em núcleos, o conhecimento era passado de boca em boca! Muitas as desvantagens, a primeira de todas eram os assuntos tabu. O sexo por exemplo, quem é que ia falar com o vizinho ou vizinha sobre sexo? Que coisa horrorosa! Toda a gente ia ficar a saber quais os devaneios do casal da frente! Isto fazia com que as pessoas tivessem menos necessidades,tinham menos conhecimento. Havia um lado positivo, as relações eram mais fortes, mais duradoiras, sendo o conhecimento mais restrito, as solicitações eram menores!
O que acontece nos dias de hoje, não tem nada a ver, recebemos informação em catadupa, "sabemos tudo" acerca de tudo, faz com as nossas necessidades aumentem. Muitas das esposas em Portugal tem uma aversão a Brasileiras. São umas malucas, umas taradas!
Muitas dessas malucas tem "roubado" os maridos ás bem comportadas esposas Tugas. De quem é a culpa? As esposas dizem: - das pu.. das brasileiras. Eu pergunto: - Já perguntaram aos maridos porque é que estes as trocaram? Respondo eu: -Não.
Pois lá está, a tal falta de dialogo!
Acredito que não haja ninguém que aceite fazer mudanças radicais de vida por dá cá aquela palha, não acredito que alguém faça troca por troca, neste tipo de situações. O que acontece, é que os homens, na grande maioria deles, gostam mesmo é de malucas!
Não na rua ou em casa, mas sim na cama. E o que as pudor adas esposas portugueses, acham horrores, são as fantasias e os desejos dos seus ex-maridos, que elas não se esforçaram para satisfazer! Quando digo esforço, não me refiro a nada forçado, mas sim á tentativa de compreender e solucionar o que são as necessidades de cada um.
Resultado:- O bom do ex-marido (bom até à data de ser Ex, depravado a partir dai), abandona uma relação de anos, para ter uma maluca na cama! E a sempre fiel esposa, que sofre a bom sofrer com a separação, passado algum tempo, lá arranja alguém que vai satisfazer na sua plenitude. Sim, porque as brasileiras não tem nem mais nem menos que as portuguesas, a não ser uma forma diferente de pensar. E qual é a mulher que quer ficar atrás de outra? Nenhuma!
Aquilo que foi impossível para segurar uma relação, depois por orgulho ferido, passa a ser uma fonte de prazer! Não teria sido possível evitar a tal rotura? Porque é que só quando se é confrontado com algo radical, se consegue dar a volta ao que vai dentro das nossas cabeças?
Falta de dialogo, que leva á saturação que por sua vez diminui a tolerância e a compreensão.
Nem toda a gente tem que ser maluca na cama ou em qualquer outro local, o que tem que haver é a tentativa de respeitar e aceitar o que são os desejos, vontades, necessidades e até mesmo as fantasias de cada um de nós. Se isto acontecer somos todos muito mais felizes.
Houve alguém que disse: "não negue à partida uma ciência que desconhece". Eu sugiro que se troque a palavra ciência por prazer!
"Não negue à partida um prazer que desconhece."

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Alcool e droga.

Há assuntos que são de difícil abordagem, não porque tenha qualquer tipo de tabu, mas porque dependendo do ponto de vista se pode mudar de opinião facilmente.
Não tenho por objectivo defender/acusar nenhuma classe, causa, religião ou facção politica, isso que fique mais uma vez claro. Tenho tão só como objectivo formular a minha opinião ou “alertar” para opiniões que considero validas apesar de não concordar com elas.
O assunto que decidi abordar é um dos que faz tremer a nossa sociedade, cheia de bons costumes e com grandes tradições.
Faz parte dos nossos hábitos beber uns copitos, até há bem pouco tempo atrás quem não apanhava uma bebedeira, era um “maricas”. Quem não bebesse umas cervejolas com os amigos, não era bom companheiro para a farra! E só me estou a referir ao sexo masculino! Porque se alguém do sexo feminino comete-se a ousadia de entrar num café e pedisse uma imperial, bem… o que se dizia!
É um facto que hoje em dia é um bocadinho diferente, especialmente no que diz respeito à discriminação entre sexos!
Quantos de nós não apanhamos já umas grandes bebedeiras? Quantos de nós não bebem regularmente bebidas alcoólicas? Apesar de não ser algo que se recomende pela sociedade em geral, também é algo que não é reprovado de forma veemente, ou seja é bem tolerado!
Se for a um jantar com amigos e beber uns copitos do nosso bom vinho (especialmente o alentejano), depois uma saída até um qualquer local de diversão nocturna e meter mais umas doses de gin ou outro qualquer “álcool” a gosto. Qual é o problema? O problema é do próprio, uma ressaca desgraçada no dia seguinte! Mas até há compaixão! - Não faças barulho que … está com dor de cabeça, está mal disposto(a), deitou-se tarde! Esta é uma frase que quase todos nós já a pronunciamos ou a ouvimos numa qualquer casa dos nossos relacionamentos.
Pois é!
Agora vamos aquilo que “toda” a gente repudia, uma palavra que não é bem aceite pela nossa sociedade, daquelas coisas que “toda” a gente faz mas se esconde, não se comenta é tabu!
Vamos imaginar que depois do tal jantar com os ditos amigos, onde em vez do habitual vinho, se tinha bebido meia dúzia de garrafas de agua (isto é quase criminoso), se fumava um “charrinho” de uma qualquer erva, daquelas soft’s!
Drogado! É a forma como a “sociedade” rotula as pessoas que o fazem!
Não é justo!
O efeito do “charrinho” é rigorosamente o mesmo que o dos “copos”:
- Alucinogénico! O objectivo é o mesmo: - curtir! Então porque é que uma situação merece a compaixão e a compreensão por parte da “sociedade” e a outra é de imediato repudiada?
Uma questão de cultura, que depois é suportada por argumentos que tentam justificar a ignorância e a falta de tolerância que existe para assuntos que são tabu.
A droga é viciante! O álcool não? A droga faz mal ao cérebro! O álcool não?
Atenção estou só a falar das consideradas drogas leves, aquelas que são permitidas em alguns países, mesmo na Europa!
Como é fácil de constatar falemos de vinho ou de marijuana, estamos a falar droga!
A diferença é que uma é permitida pela sociedade, culturalmente aceite. A outra não se enquadra nos padrões que “alguém” decidiu serem os adequados para a nossa vivência em comunidade.
Não me parece correcto, não porque seja apologista da liberalização do quer que seja, só porque não me parece coerente a forma como duas atitudes idênticas são reconhecidas de forma tão díspar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Uma questão de caracter

Todos nós temos altos e baixos, todos nós temos comportamentos dos quais nos arrependemos. Todos nós temos maior ou menor dificuldade em aceitar algumas coisas que nos vão acontecendo. Até aqui nada de novo. Diria que temos dias! Há dias mais tolerantes há dias que são mesmo para esquecer.
No entanto há situações e comportamentos que ultrapassam a nossa capacidade de tolerar ou de aceitar.
Uma das coisas que não consigo tolerar, é o mau carácter. Quando digo mau carácter não estou a pensar naquilo que eu posso tolerar ou aceitar melhor ou pior. Estou a pensar na personalidade de alguém que por dá cá aquela palha não olha a meios para fazer mal ao próximo! Não estou a pensar naquele tipo de gente que para subir na vida não olha a meios. Porque esses apesar de não concordar eu até entendo. Alguém sem escrúpulos, que tem um objectivo e um propósito que para ser alcançado implica passar por cima de quem está em concorrência directa ou mesmo de quem se atravessa à frente. Mas esses tem um propósito, chegar a qualquer lado, são pessoas mal formadas, egoístas e que não usam a cabeça! Só pensam no imediato!
Os “maus carácter” de quem eu estava a pensar é outro tipo de gente. São aqueles que não tem nenhum objectivo, não tem nenhum propósito, fazem o mal por fazer!
Também são egoístas, também não usam a cabeça, não pensam nas consequências e muito menos que eventualmente, em determinada circunstância podem estar em situação inversa. Mas estes nem objectivo tem!! Bem vistas as coisas, não tem é mesmo carácter!
Há gente (nem pessoas merecem ser chamados) que por muito que me esforce, não consigo encaixar. Já tentei perceber se o fazem por prazer, pois se assim fosse haveria um objectivo, mas não creio. Não consigo entender como se pode obter prazer provocando a insatisfação dos outros. Pode ser que seja uma lacuna no minha capacidade de entender o que me rodeia, mas para ser honesto prefiro continuar com essa “lacuna”. Não há ninguém perfeito!
E esse é um reconhecimento que só as pessoas com carácter conseguem fazer, prefiro continuar “ignorante” a entender gente que não devia ter nascido!
Todos os conceitos que conhecemos ou melhor, tudo na vida é relativo. A coerência é um dos “valores” que mais preservo, podemos mudar de opinião porque captamos outro ponto de vista, mas temos que ser coerentes. Até na mudança!
Mudar de opinião ou de atitude não revela falta de carácter, antes pelo contrario, significa que ajustamos a nossa realidade a um novo conhecimento. Demonstra que somos suficientemente inteligentes para aceitar que não somos detentores da verdade absoluta, porque essa não existe, e a verdade que conhecemos tem varias faces, dependendo da sua proveniência.
Quem tem inteligência tem carácter. Quem tem carácter muda de opinião. Quem muda de opinião aceita o conhecimento dos outros. Quem aceita o conhecimento dos outros também respeita os outros. Quem respeita os outros é boa pessoa. Quem é boa pessoa tem carácter.
É tudo uma questão de respeito!
É tudo uma questão de carácter!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Que orgulho!

Há experiências que os marcam, umas de forma positiva outras de forma negativa. Uma Lapalissada (constatação do óbvio)! Só que há umas que nos marcam mais do que outras, apesar de todas elas contribuírem para a nossa evolução enquanto seres humanos. As que nos marcam mais, fazem evoluir de forma mais rápida o nosso comportamento (carácter). Eu escrevi evoluir, porque penso que todas as mudanças que fazemos enquanto pessoas, sejam elas quais forem, são uma evolução na nossa efémera passagem pelo planeta que habitamos.
De volta ao assunto. Felizmente para mim, tenho tido algumas experiências marcantes!
Há algum tempo atrás, houve uma pessoa (de quem não me lembro do nome!) que com meia dúzia de frases, numa conversa de cinco minutos, me fez mudar de atitude, limpando por completo uma ideia que eu transportava comigo há vários anos.
Nem essa pessoa é uma fora de serie, nem eu alguém "fechado" ao mundo. O que aconteceu, foi que ela (era uma mulher) tinha um ponto de vista diferente do meu sobre o mesmo assunto, e de uma forma simples, usando as palavras "correctas" me expôs o que era a sua opinião, sobre o único "arrependimento" que eu tinha na minha vida! Depois de ouvir os argumentos dela, fiquei diferente! Uma magoa que carregava há imensos anos desapareceu em segundos!
Muitas vezes seguimos um caminho, normalmente o que consideramos o melhor, e depois se revela o mais "esburacado".
O que normalmente acontece quando nos deparamos com os buracos (do caminho), temos o habito de pensar que fizemos uma "escolha" errada e que provavelmente os outros caminhos teriam sido uma "escolha! mais acertada.
Nada de mais errado!
Primeiro, porque nunca saberemos de facto o que teria acontecido se tivéssemos feito outra "escolha". O que conhecemos foi o caminho que percorremos, tudo o resto são suposições, hipóteses, nada mais.
A segunda, porque são os "buracos" e todo o trajecto que percorremos que nos tornam nas pessoas que somos. Foi a nossa "escolha", com as dificuldades e as experiências que fomos vivendo que nos moldou o carácter, o comportamento, as atitudes.
Só há uma razão para se pensar que as escolhas não foram as melhores! Quando alguém se olha ao "espelho" e não gosta do que vê, não o que se vê no reflexo do espelho, mas o que se vê no reflexo da alma. Se isso acontece, foi porque não houve vontade, habilidade e inteligencia suficientes para aprender e apreender com o passeio que a vida nos vai proporcionando.
Há que ter orgulho! Orgulho não é um defeito, é uma virtude, só é defeito quando elevado ao extremo, mas isso é o que acontece com tudo o que é extremado, deixa de ser uma coisa positiva para tornar em algo negativo.
Ser orgulhoso é ter consciência das "escolhas" que fomos fazendo ao longo do nosso trajecto.
Ser orgulhoso é ter sabido dar a volta por cima a situações que nos empurravam para baixo.
Ser orgulhoso é saber aproveitar as lições do passado para ter sucesso no presente pensando no futuro.
Vamos ser orgulhosos!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Necessidades.

Como todos nós sabemos, só necessitamos daquilo que conhecemos!
Pois é todos sabemos, mas poucos se apercebem disso! Há uns quinze anos atrás, sim só quinze, havia umas caixas enormes, que mais pareciam os rádios que os militares usam em operações, às quais se chamavam telemóveis! Além do tamanho exagerado, também o preço era grande. Até aparecerem essas caixas, não havia necessidade de as pessoas se contactarem com tanta frequência. Havia os telefones fixos, para a comunicação oral à distância, os faxes o telex e o correio normal. Todos nós conseguíamos viver, por incrível que pareça! Este incrível é aplicado à criançada com menos de 15 anos. Mais complicado ainda para eles...não havia net! Quando precisávamos de alguma coisa, como pesquisar sobre uma determinada figura publica, era uma trabalheira, pois normalmente tinha que se andar de biblioteca em biblioteca para tentar encontrar uma parte, daquilo que hoje conseguimos encontrar com a rapidez de um clique. Mas não precisávamos de mais, conseguíamos fazer tudo o que nos propúnhamos, com mais ou menos dificuldade, mas achando que aquilo que de dispúnhamos era o suficiente para sermos felizes!
Nos dias de hoje é bem diferente, temos muito mais necessidades, e apesar de termos muitas mais coisas ao nosso dispor nunca estamos satisfeitos!
A quantidade de informação de que dispomos, é em minha opinião a grande responsável pela nossa insatisfação constante. Passamos o tempo a desejar coisas, porque somos injectados com campanhas constantes de apelo ao consumismo.
É verdade que por causa da forma global como as nossas vidas se desenrolam, somos "obrigados" a ter necessidades que não seriam imagináveis há uns anos atrás. As fronteiras que limitavam os nossos conhecimentos e as nossa necessidades desapareceram, hoje tudo é possível, o que só estava disponível em determinada região ou cultura passou a poder ser usado por toda a gente. Por toda a gente que tenha acesso às autoestradas da informação! Por incrível que pareça, temos dificuldade em imaginar o que seriam as nossas vidas sem net, por exemplo, esquecendo por completo que há muitíssimas pessoas no mundo inteiro que nem agua potável têm!
Há uns anos atrás fiz uma viagem de trabalho, que foi provavelmente a que mais marcou, por varias razões e mais uma! Eu estava instalado num hotel de cinco estrelas, que quem pagava o meu alojamento, dispunha todos os dias de 275 dólares para que eu pudesse dormir, tomar o pequeno almoço e jantar, tendo em conta que isto se passou há mais de meia dúzia de anos, uma verdadeira fortuna para sete dias de estadia. Bem esta parte não tem nada de extraordinario! Há hotéis bem mais caros! O que para mim foi extraordinario teve mais a ver com aquilo que fui confrontado, quando dei uma gorjeta de cinco dólares a um empregado do hotel, que era o responsável pela limpeza do meu quarto, e que porque eu me esqueci do telemóvel no quarto, ele não ficou com ele, pelo contrario guardou, sem perceber o que estava a fazer dei-lhe o equivalente a um terço do ordenado mensal!!! Ai tive consciência da diferença das necessidades que temos por esse mundo fora, ele se me tivesse ficado com o telemóvel, não ia usufruir nada, pois não tinha necessidade dele, não tinha para quem ligar e muito menos dinheiro para o "sustentar". Vende-lo? A quem? Mesmo o dinheiro que lhe dei, que para ele era muito, ele não tinha necessidade dele, estava habituado, tinha a vida "estruturada" para viver com 15 dólares mês. A falta de necessidades daquele homem tem só a ver com a sua falta de informação, porque aos meus olhos, necessidades tinha ele muitas, só que ele desconheci-as, nunca tinha sido confrontado com elas.
Também eu passei a ter necessidades diferentes, também eu nunca tinha sido confrontado com um "mundo" diferente do meu, em que as prioridades e as necessidades são coisas inimagináveis para mim, só porque são dados adquiridos e com os quais eu me habituei a viver sem sequer pensar como seria viver sem eles!
Quais serão as necessidades de alguém que tem que fazer um esforço idêntico ao meu só que para objectivos bem diferentes?
Eu necessito de um ordenado extra para ir de férias para um local paradisíaco, esse alguém necessita de um ordenado extra para comer uma pizza!!!!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

As culpas e desculpas.

O discurso do Interino (director desportivo) do Sporting, leva-me a escrever sobre um assunto que há algum tempo eu queria abordar!
A culpa e desculpa! Em Portugal, normalmente a culpa morre solteira. O que o Interino fez ontem, foi "sacudir a agua do capote", é o que de melhor se faz por estas bandas! A culpa é sempre dos outros, há pessoas que tem uma imaginação infernal, para afastarem a responsabilidade de alguma coisa menos correcta. Os Portugueses usam com muita imaginação a relação causa/efeito quando se trata de atirarem para bem longe a "culpa" que possam ter.
A primeira tentativa de desculpa costuma ser o "não fui eu", mesmo quando não está mais ninguém por perto, é intuitivo! A segunda costuma ser o "foi sem querer", como se isso desculpa-se por si só as asneiradas que se possam fazer por qualquer que seja o motivo!
Poucas são as pessoas que erram de prepósito, e essas de uma forma geral são criminosos, o que quer dizer que não faz parte dos "códigos de honra" dessa gente, pedir desculpa ou assumir culpa num acto premeditado.
Pedir desculpa devia ser o primeiro passo a seguir a assumir a culpa, como se tem dificuldade em a assumir o não pedir desculpa é uma consequência inevitável.
Assumir a culpa é uma acto de responsabilidade e honestidade.
Pedir desculpa é uma forma de respeitar aqueles que sofrem na pele, as consequências de alguma coisa menos bem conseguida, que embora tenha sido, algo feito de forma não intencional (a maior parte das vezes), tem consequências que não agradam aos mesmos.
Como para sermos respeitados, temos que respeitar!
Acredito que as pessoas que não tem "problemas" em assumir as suas limitações, os seus defeitos e assumem de forma expontânea as culpas dos seus "erros", são mais respeitadas por todas as outras, tendo mais credito na afirmação da sua palavra e sendo mais facilmente desculpadas por eventuais erros!
A honestidade é um valor que se tem perdido ao longo dos tempos!
Se queremos que os outros sejam honestos connosco temos que ser honestos com eles, para isso é preciso começar por aceitar os nossos erros e as nossas "culpas"!

Que irritação!

Ontem fiquei mesmo irritado! Não tanto pelo Sporting ter perdido, o que como é óbvio custou, mas irritou-me mesmo, o comentário do interino (director desportivo) do meu clube. Então não é que o senhor não assistiu ao jogo onde o Sporting encaixou 4 do Benfica! Só isso explica que o dito-cujo tenha tido a coragem de afirmar no final do mesmo encontro, que o Sporting perdeu o jogo por causa do arbitro! Bem afinal, pensando bem...é capaz de ser verdade! Se não houvesse arbitro....não havia jogo! Logo, os desavergonhados que vestiram a camisola do meu clube, ontem, e a passearam no batatal de Alvalade, não tinham tido a oportunidade de perceber o que valem enquanto equipa! Mas pelos vistos não serviu de lição,(e já vão quatro lições) afinal temos é que ter paciência, porque eles tem que reflectir, diz o Liedson! Tenham dó! Eu pago as minhas quotas e as do meu filho a tempo e horas, até é por transferência bancaria para não falhar, porque se não, arrisco-me a querer ir à bola e pagar o mesmo que qualquer pessoa, que não contribui todos os meses para pagar os ordenados e prémios, dos meninos que mostram o nome nas camisolas, que não honram!
Apetece-me dizer: - vão se lixar, trabalhem, que eu também trabalho! Não trabalham, não recebem!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Coração Verde!

Desta vez a minha tristeza, é mais profunda!!! Tem a ver com o meu clube do coração, está mesmo de rastos, consegue estar ao nivel do nosso país!!! Perecia dificil, mas conseguiram. Ainda há pouco li o comentario de alguem que dizia: "-era uma vez o Sporting... até que chegaram os bancarios!". E não é que este comentário é mesmo a pura da verdade. Será que a culpa desta derrota humilhante tambem foi do Patricio? o Paulo Bento foi embora por muito menos! Cheira-me a Peseiro, numa semana perdeu tudo!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tristeza!!!

Estou triste!!!
Gosto muito do nosso país, além de ser Alentejano gosto muito de ser Português. Sou daqueles que defende o nosso país em qualquer circunstância, sou dos poucos que ainda pensa que este cantinho à beira mar plantado, é dos melhores locais do mundo para se viver!
Pode haver aqui algum exagero, mas é aquilo que sinto, apesar de já conhecer um bocadinho do planeta azul, já ter dado umas voltinhas por aí "around world", e de alguns dos locais por onde passei me terem marcado de forma profunda, gosto muito de Portugal.
Acho também que o melhor e o pior de um país são as suas gentes. Já estive em locais de grande pobreza, mas onde as pessoas que me receberam, fizeram com que eu tivesse sentido uma grande riqueza à minha volta. O contrario também já aconteceu, locais muito ricos, mas onde senti uma pobreza extrema. Tudo por causa das pessoas, por muita beleza natural à nossa volta, se as pessoas não forem amistosas, não se consegue desfrutar nada!
Estou triste! Porque o nosso país está a ir por um caminho que o está a tornar num local muito pouco acolhedor. Temos umas condições geográficas extraordinárias, o nosso clima é o melhor da Europa, a nossa cozinha é muito boa, as nossas gentes...
bem as nossas gentes, até algum tempo atrás, eram amistosas, acolhedoras, sabiam receber! Temos mudado tanto, tanto, que até isso está diferente. Não me agrada a nossa evolução, temos uma certa tendência para "apanharmos" o pior, seria natural, porque estamos na Europa, que a nossa evolução fosse no sentido de nos aproximar mo-nos dos países do norte, mais ricos, não só na economia mas também culturalmente. Mas não, tenho a sensação que nunca tivemos tão próximo de África e dos países do Hemisfério sul, onde reina a desorganização, a corrupção, onde a democracia tem um conceito diferente um conceito que também é partilhado pela liberdade! Há liberdade e democracia ... mas só até onde os governantes e decisores políticos entendem!
Pois neste cantinho estamos a ir pelo mesmo caminho, quando os opinion makers dizem que nos estamos a afastar dos nossos congéneres Europeus, normalmente estão se a referir em termos económicos. Pois eu acho a o nosso maior distanciamento é a nível cultural, estamos cada vez mais longe ... estamos cada vez mais perto, do pior que poderíamos desejar, a nossa insolvência cultural!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mal...mal...mal...

Devo ser um bocadinho "lerda"!!! Como todos os que me conhecem sabem, eu sou apartidário. Voto sempre, cumpro o meu dever cívico, tento votar sempre em consciência em quem me parece em melhores condições para defender os interesses para o qual se está a concorrer. Isto para justificar que se por vezes pode parecer que esteja apoiar determinado partido ou governante, isso nunca será verdade, pois terei sempre a apoiar uma medida, uma ideia ou uma politica que me pareça a mais ajustada para o nosso bem enquanto nação, venha ela de qualquer quadrante politico. Justificação feita, vamos ao que me deixa boquiaberto.
O aumento das transferências para as regiões autónomas!!!
Será que há por ai alguém que me consiga fazer entender, porque raio tenho que continuar a sacrificar-me e sacrificar os meus filhos, para continuar a sustentar as maluqueiras do único individuo que goza, mas goza mesmo, com os "parolos" que o sustentam!!!
Dizem alguns:- ah! mas o aumento do defice é insignificante (0,03), pois é, isto para "alimentar" uma região com uma população de cerca de 250.000 pessoas. O que dirão os cerca de 700.000 funcionários públicos, que mais uma vez vão ajudar a reduzir o que o Alberto só tem ajudado a aumentar! É que tal como os funcionários públicos, na Madeira também há bons e maus, assim como em todo o lado. Assim sendo não será justo que sejam sempre os mesmos e só os mesmos a pagar as asneiradas que todos fazem! A Madeira até é a região de Portugal que tem o maior rendimento per capita, querem mais dinheiro? Aumentem o IVA, nós aqui pagamos 20% eles pagam 14%, são opções, então assumam as mesmas!
Mas que o Alberto queira continuar a gozar com os "parolos", eu até entendo, o fulano não tem escrúpulos, aliás não tem nada, só diarreias (cerebrais)!
Agora que todos, sim todos, os partidos da oposição alinhem na jogada!!! Isto está mesmo mal, mas mesmo mal! Então os senhores e senhoras que dizem que o orçamento do estado é despesista, não temos dinheiro para nos modernizarmos, não nos podemos continuar a endividar, não há verbas para mais investimentos, não se pode construir um novo aeroporto para nos aproximar mo-nos dos nossos vizinhos europeus, mas podemos investir nos túneis e nas boas condições que tem que ser proporciondas aos turistas que visitam a Madeira! Qual a coerência? Qual a diferença entre 0,03% do PIB mandados ao fundo na Madeira e o mesmo valor a voar no continente?
Há algumas coisas que não consigo compreender, e na politica o que eu não entendo mesmo, é como todos, mas mesmo todos os que lá andam não olham nunca para o superior interesse do país, aquilo que tanto proclamam. Porque se olhassem, tinham que ter mais coerência quando votam contra ou a favor coisas que continuam boas ou más, não dependendo da cor ideológica que as produzem mas sim do seu conteúdo e forma!
Isto tá mal...mas mesmo mal, e parece que ninguém quer ver!
Vamos lá limpar os óculos, vamos lá limpar as ramelas, vamos lá ver!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Estamos mesmo a descambar!

Que a nossa Justiça está de rastos, já todos nós sabemos, que há corrupção por todo o lado, também é do conhecimento geral. Mas as coisas estão a tomar proporções muito para além do que seria imaginável. Esta história do Mário Crespo, roça o surreal. Que o PM tenha as suas opiniões pessoais sobre A ou B, é perfeitamente normal, mas o Sr. Engenheiro e mais uns quantos que por ai andam, deviam de saber que as paredes por vezes tem ouvidos, se até o "Zé Povinho" sabe disso, como é que alguém tão "instruído", com tanto saber de experiência feito, se permite a determinados desabafos "pessoais" mas que se fazem ouvir a "kilometros" de distancia!
Eu até acredito que o actual PM tem sido dos mais massacrados pela comunicação social, que o homem tem passado por algumas campanhas "levadas da breca", até é verdade... mas o senhor também se põe a jeito! Aquela coisa do diploma a licenciatura, muito duvidoso!!! Freeport, que ele esteve lá, esteve! Será que foi o único serio naquele negocio todo? Duvidoso....muito duvidoso!!!
Bem o Senhor Engenheiro tem alguma propensão para se atascar... é lama atrás de lama!
Eu até podia achar isto tudo normal, o PM é só uma pessoa, que como todas as outras pessoas "mete os pezinhos" de vez em quando!!!! Pois afinal até é normal, o José é só mais um, o pessoal queixa-se, mas há duas coisas que são verdade nesta história toda! Ele faz o mesmo que quase toda a gente no nosso país tenta fazer, ou seja é sem duvida alguma o representante (reflexo) da nossa sociedade! A segunda verdade é que o Zé foi eleito com os votos de uma maioria de pessoas que viram nele o melhor que se podia arranjar para o cargo de Primeiro Ministro...
Apetece dizer: -É o que temos! Podíamos era tentar fazer algo para ter melhor.
Resta saber o quê!!!