quinta-feira, 20 de maio de 2010

Esforço!!!!!

O país atravessa uma grave crise!
O país, desde que me lembro está em crise!
Mais uma vez os governantes pedem um esforço conjunto para ajudar a ultrapassar as dificuldades financeiras e economicas que nos assolam!
A nossa crise não é conjuntural, é estrutural. É uma crise de valores e de cultura, pois se assim não fosse todos os “sacrificios” que temos vindo a fazer, a quando das “outras crises”, todos os sacrificios a que nos temos sujeitado, quando outros governantes nos tem exigido o tal esforço conjunto, teriam tido frutos e muito provavelmente não seria necessario mais este.
O que acontece é que temos muito deficite cultural, muito deficite educacional.
Quem nos representa nas mais altas instancias do país é reflexo da cultura que temos, do que somos enquanto país e nação. Há uma grande falta de responsabilização e de empenho para o bem comum. Cada um faz o necessario e o suficiente para defender o seus interesses e de mais meia duzia de pessoas que lhe interessa defender, porque com isso vai tirar proveitos proprios. Por muito que custe admitir somos assim enquanto nação.
A questão é cultural e teremos muita dificuldade em ultrapassar a nossa crise, porque a nossa formação de base e a nossa educação, não tem bases solidas.
Não é formando doutores e engenheiros em catadupa que vamos aumentar as nossas performances enquanto pais desenvolvido.
De que serve ter um montão de pessoas com muita formação académica, se as mesmas são umas “bestas” enquanto seres humanos! De que serve ter um montão de academicos bem preparados se os mesmos não tiverem ginastica mental para por em pratica todos os conhecimentos que adquiriram. De que serve ter um montão de faculdades a leccionar, se os cursos que proporcionam não tem aplicação pratica no nosso tecido social.
Somos um país triste e de tristes. Não conseguimos tirar proveito do melhor que temos, queremos ser sempre melhor que os outros, é isso o mais importante! Esquecendo que não corremos em igualdade de circunstancias, ignorando a nossa essencia.
Para ultrapassar as crises é necessario fazer um diagnostico perfeito das causas, é como uma doença. Quando alguem doente vai a um medico, quanto mais informação fidignia passar ao medico melhor será o diagnostico consequentemente melhor e mais rapida será a cura.
Tapamos o sol com a peneira, porque temos muita dificuldade em nos responsabilizarmos pelos erros, em admitir o que está mal. Como tal o diagnostico nunca pode ser bem feito, a cura sofrerá os efeitos do diagnostico.
Há muita dificuldade em falar verdade, há muita dificuldade em dizer ao medico que uma das provaveis causas das dores de figado que se sofre é por causa das quantidades exageradas de alcool que se consomem diaramente, quando o medico pergunta a resposta é um copito ao almoço e outro ao jantar, “esquecendo” de referir que o conceito de copito é diferente dos demais, um copito significa 0,75 cl do bom do tintol!
É este tipo de atitude que não se aprende nas universidades, é este tipo de atitude que não importa a classe social ou estrato da sociedade, que fazem com que vivamos na mentira permanente, numa crise isseçante.
Enquanto os nossos valores e principios enquanto sociedade não se alterarem, não há crise que resista, por muitos sacrificios que façamos enquanto não começarmos a pensar nos outros e no que será o bem comum, sem hipocrisias e falsos moralismos não sairemos da crise!
Temos que nos aceitar como realmente somos, tentando esqueçer o que gostariamos de ser. Só conseguimos ter sucesso no futuro, vivendo empenhados no presente com as experiencias adquiridas no passado!
O único momento que realmente se vive é o presente! O passado ficou lá atrás, é inaltravel. O futuro não saberemos nunca se o chegaremos a viver. O único momento que podemos condicionar é o presente!
Fazendo com que o presente seja melhor, temos grandes possibilidades de nos orgulharmos do passado, e ter sucesso no futuro se lá chegarmos.

1 comentário:

  1. Enquanto continuarmos a exigir aos outros, mais fracos, que façam os sacrifícios que os mais poderosos e endinheirados não querem fazer, não vamos a lado nenhum. É muito fácil atribuir as culpas ao peso da função pública, mas esquecem-se que são os políticos os responsáveis pelos serviços e cargos criados, pelas reformas especiais previstas na lei, pelas excepções à regra dos vencimentos praticados, e todas as regalias que foram aprovadas.

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