domingo, 25 de abril de 2010

Inversão de valores!!!

Hoje recebi um mail com esta suposta carta, que vou transcrever. Não sei se é verdadeira nem tão pouco se alguma vez uma mãe a poderia escrever! O sofrimento e a revolta contida, fazem denotar uma grande elevação de carácter e uma frieza impressionantes. Sei que as mães são "seres superiores", mas uma ferida como a que a que aqui é relatada, não sara com a facilidade e o discernimento que é demonstrado.
No entanto quem a escreveu, tenha lá sido quem foi, merece o meu reconhecimento, merece que cada um de nós cumpra o nosso papel de cidadão e chamemos a atenção, para o que ela encerra.
Não é correcto, não é justo, não é tolerável que ajudemos os criminosos e esqueçamos as suas vitimas.
Com a intenção de tentar recuperar alguém, que muitas vezes nem quer ser recuperado, esquecemos o mal que esse criminoso provocou. Na tentativa de recuperar um criminoso, não de dá o mínimo de atenção á tentativa de recuperação dos danos colaterais causados pelo mesmo criminoso.
Não é correcto, não é justo não é tolerável!!!!!!!!

"INVERSÃO DE VALORES - CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE (ASSUNTO VERÍDICO).
*Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1:

De mãe para mãe...

Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.
Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc...
Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar.Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusive aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família.
Se você ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família.
No próximo domingo, enquanto você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores...
Ah! Já me esquecia: Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos".
Para terminar, ainda como mãe, peço por favor:
Façam circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só...

Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!"

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