quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Estamos em saldos!!!

Como todos os anos, com ou sem crise, no inicio do ano, há uma serie de bens e serviços que sofrem os efeitos da inflação. Os preços aumentam apesar de ser época de saldos.
Se nos outros anos em que a tão famigerada crise não era a principal desculpa, me parecia normal. Este ano não consigo entender os aumentos, muitos menos dos serviços ou produtos “fornecidos” pelo estado. O que se está a passar no nosso país é uma vergonha, mas pelos visto ninguém está interessado em resolver!
Como é possível que tudo aumente e os salários reduzam, os impostos aumentem, e o estado continue a gastar o mesmo?
Mais uma vez, o problema de Portugal é estrutural não conjuntural.
A Galp, continua a sua senda de lucros astronómicos, o cartel das petrolíferas funciona na perfeição, pagamos e não bufamos. Basta viajar pelas nossas auto-estradas para perceber que tudo é combinado entre as petrolíferas. Na A2, tem todas o mesmo preço, na A1 também, o mesmo se passa em todas as outras, no entanto diferem todas na mesma proporção de auto-estrada para auto-estrada. Devem ser os custos associados ao transporte e exploração!!!!
A EDP, também não dá prejuízo, no entanto os preços da energia, sempre a subir!
Bem poderia estar para aqui a enumerar as empresas saudáveis, que os nossos governantes privatizaram, e bem, mas disso já todos sabemos, o que parece que nem todos sabemos, ou pelo menos não nos importamos em saber, é que o sacrifício que foi pedido no sentido de ultrapassar a crise, não é para todos!!!
Os contribuintes, pagam, mas só os que trabalham por conta de outrem, porque os que podem fugir, meus amigos, é vê-los por ai com o salário mínimo a comprar carros topo de gama e moradias de luxo.
Alguém denuncia estas situações? Nem vale a pena, os decisores são aqueles que dão os maus exemplos, logo, a protecção vem de cima. De vez em quando, lá há um peixe miúdo que se deixa apanhar, mas os graúdos limpam logo a área, não haja danos colaterais.
Neste “paraíso” à beira mar plantado, vive-se na irresponsabilidade e na impunidade, e pelos visto assim queremos continuar.  

2 comentários:

  1. Enquanto que vês na Grécia, em França e em Espanha, greves gerais dignas desse nome, aqui nada disso se verifica. Porque o "Povo" tem medo! Reflexo, quiça, de muitos anos de uma ditadura e de uma crise sem precedentes.
    Somos "ameaçados" diariamente no nosso local de trabalho. Frases no género "pense que tem sorte porque tem um emprego"; estamos a retirar-lhe uma % percentagem da sua remuneração porque estamos em crise e "toca a todos" (?!).
    Porque não retiram os carros de serviço, os cartões de crédito, os cartões galp frota e tantas outras regalias aos Gestores de topo das Empresas? Aos Srs Ministros e todos os Adjuntos e adjuntos dos Adjuntos?
    O exemplo não deverá vir de cima?
    Motivação? Onde? A que propósito? Retiram o abono de familia, sobem o preço dos bens de 1ª necessidade, do passe social e os ordenados "diminuem" literalmente.
    Neste momento, há crianças que vão para a escola de barriga vazia.
    E é vé-los nos seus grandes carros, como se nada se passasse.
    A União FARIA a Força. Se existisse...
    Sofia

    ResponderEliminar
  2. É por isso que não pode haver excepções nos cortes salariais, tem de calhar a todos, caso contrário não existe justiça social. Existem diversos vencimentos que estão inflacionados, que não se justificam tendo em conta a quantidade e qualidade do trabalho que é produzido. Também as diferenças salariais são abruptas e na maioria das situações não têm fundamento, são imorais, porque as pessoas normalmente não trabalham sózinhas, precisam da colaboração de todos para atingir os objectivos e a distribuição dos proveitos deverá ser feita na mesma medida, tendo em conta que não se pode sobrecarregar sempre o cliente, pois os lucros fáceis a curto prazo podem acarretar perda de competitividade e de clientela a longo prazo.

    ResponderEliminar