Vamos acabar o ano com mau tempo e pelos vistos ainda a passar pela "crise"!
De manhã ouvia as noticias da RTP e fiquei espantado, este ano de crise foi batido mais um record! Imagine-se qual? Foi o ano em que se gastou mais dinheiro nas compras de Natal! Espectáculo, estamos em crise!
Isto se não fosse trágico até era uma boa piada, o ano em que todos se queixam de tudo e mais alguma coisa, chega ao Natal e o sentimento que reina é a hipocrisia. Não era suposto o Natal ser uma época onde as pessoas estivessem embuidas de um espírito onde reinam os bons sentimentos? Então porque é que não estão?
Não estão porque a hipocrisia é o sentimento reinante, e é durante o ano todo, como é que seria possível chegar ao mês do Natal e tudo mudar?
Quando eu era puto, na aldeia onde fui criado, não havia Pai Natal! Chegava lá o Menino Jesus e com algum sacrifício, tenho ideia que houve anos em que se perdeu pelo caminho! Não é que fosse longe, os acessos é que eram maus!
Hoje, fico com a sensação que os acessos são ainda piores, pelo menos para alguns, mas é tudo mais perto!
Vou passar a explicar!
Há uns anos atrás, 10, 15, verdade não foi assim há tanto tempo! As pessoas gastavam o que tinham, havia uns quantos vigaristas, eram assim chamadas as pessoas que viviam acima das possibilidades, compravam e não pagavam. O dinheiro custava mais a ganhar o seu acesso era mais restrito. Hoje tenho a ideia que é precisamente ao contrario, há umas quantas pessoas serias, aquelas que tem a responsabilidade de pagar o que compram! A forma como se chega ao dinheiro é muito mais fácil, embora haja muita gente que nem faça ideia do que isso é!
Para alguns o dinheiro é aquilo que está escrito nas etiquetas das roupas ou em papeis onde também se anunciam os extras e as performances de determinado produto, não sabem que o dinheiro se ganha! O grave não é haverem muitas pessoas assim, o grave é que estas pessoas estão a educar outras pessoas, os filhos, assim! Um dia a saco rebenta! Lá vem outra vez a história dos "outros"! O mal que agora fazemos, podemos não o sentir mas é certo que os nossos filhos e sucessores vão cuspir cobras e lagartos de todo o mal que lhes estamos a provocar!
Há coisas que não custam! Não custam nem dinheiro, nem mais nada, são só acções ou actos que temos que modificar, ou melhor, que deveríamos voltar a preservar com o intuito de não fazer mal aos que se seguem!
Digam-me, alguém na casa dos quarenta anos se lembra do Pai Natal quando era pequeno?
Pois, mas éramos felizes!
Só necessitamos do que conhecemos, não conhecíamos a opulência nem o esbanjamento de dinheiro e recursos!
Mas éramos felizes!
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