terça-feira, 23 de agosto de 2011

Malucos de ontem, Santos de hoje!


As sociedades vão evoluindo, nem sempre no melhor sentido, mas vão evoluindo! O melhor ou pior sentido dessa evolução é subjectivo, depende de quem a analisa. Pensamos todos de forma diferente e não necessariamente melhor ou pior, diferente. É com essas diferenças que seria suposto, digo suposto porque por incrível que pareça nos dias de hoje ainda há muita gente que não entende isso, vivermos em sociedade, colaborando e co-habitando com objectivo de todos vivermos o melhor possível.
Uma das evoluções prende-se com o maior à vontade (há quem diga mais liberdade) nas suas vidas actuais. Há uns anos atrás, quanto mais para trás mais se nota o efeito, as pessoas tinham menos à vontade, menos liberdade, tinham pudor. É verdade pudor, para os menos atentos ou mais “novos”, pudor é um sentimento de vergonha, um embaraço, um constrangimento.  Pois essa é uma das evoluções que no meu ponto de vista não tem seguido o melhor sentido.
Há muita dificuldade em perceber os limites da liberdade de cada um. Há uns tempos há quem tenha dito: “ A minha liberdade acaba onde começa a dos outros”. Esta é uma frase muito pouco usada nos dias de hoje. Com o egoísmo que reina nas sociedades actuais, as pessoas pensam que podem fazer tudo o que lhes apetece e os outros que se “lixem”.
O desconhecimento sobre o limite da liberdade individual e a falta de vergonha, faz com que se cometam muitos exageros, com os quais ninguém ganha absolutamente nada, deteriorando a vida em sociedade e consequentemente a vida de cada um de nós em particular.
As pessoas já não tem vergonha de aldrabar e ser apanhadas, já não tem vergonha de vigarizarem os outros e serem descobertas, já não tem vergonha de mentir de forma descarada, já não tem vergonha de ser gananciosas, enfim, já não tem vergonha de não terem vergonha.
Quando eu era miúdo chamava-se maluco a uma pessoa que por ter menos pudor ou vergonha praticava umas acções mais ousadas. Os malucos dessa altura hoje seriam uns “santos” nos dias que correm!     

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