Depois de realizadas as eleições e de atingidos os objectivos da maioria de pessoas que votou, mudança de quem comanda os “Boys”, esperemos que a mudança não se resuma só à mudança de cor partidária e à consequente dança de cadeiras, mas sim ao que realmente necessitamos, uma reforma estrutural e de mentalidades na população portuguesa.
Em Portugal, não precisamos de trabalhar mais, precisamos sim é de trabalhar melhor. As pessoas tem que aprender a viver em sociedade, tem que aprender a conviver e a viver em grupo, não pode continuar a ser cada um por si e o vizinho que se “dane”. Não podemos continuar a viver de aparências, ignorando a nossa verdadeira natureza. Nós somos pequeninos, como tal não podemos querer ser os maiores, seremos em muitas coisas e algumas vezes, mas temos que considerar isso como uma excepção e não como a regra.
Quando cada um de nós tiver a verdadeira noção do seu verdadeiro valor e capacidades o país no geral também terá. Logo iremos perceber que haverá muita gente boa e muitos locais maravilhosos, mas seremos uma gotinha de agua no oceano que é o mundo. Não podemos viver à sombra dos Descobrimentos, nos idos de 1500 o Mundo foi dividido em dois, metade para nós metade para os Espanhóis, hoje é o nosso pequeno território que está dividido em dezenas de partes! Sem hegemonia, não chegaremos a lado nenhum. Não temos que ser os pedintes da Europa, mas também não podemos querer ser nós a decidir qual o rumo dos que pagam para nós aparecermos nas reuniões do Ecofin.
Temos que nos deixar de querelas internas, coisas sem importância para a nossa existência enquanto país, para nos passarmos realmente a preocupar com o que é importante. O importante é que o mundo em geral e os nossos habituais parceiros em particular voltem a acreditar nas nossas capacidades e nas nossas características enquanto gente responsável e trabalhadora que tem no seu código genético a “necessidade” de honrar os seus compromissos.
Temos que sentir todos que vale a pena remar o barco, se não for assim, não conseguiremos tirar esta Nau de madeira e em mau estado, da tempestade na qual nos encontramos a meio do oceano e conduzi-la para um porto seguro de aguas calmas e translucidas, onde poderemos fundear sem correr perigo de afundamento.
Tenho cá para mim, que os exemplos tem sempre que partir de cima, se assim não for, tenho a sensação que será a ultima das nossas oportunidades como Nação livre e independente.
Vamos todos remar em direcção a Este, é lá que encontraremos terra firme com o seu porto seguro.
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