O país anda num “ver se te avias” que é uma coisa impressionante!
Com a Troika por cá, o tema de conversa predominante é o mesmo, desde que começou a “necessidade” de apertar o cinto.
Só se fala de crise e de como vai ser difícil sair dela. Muito pouco animo, para quem precisa de se transcender!
Pois eu continuo a pensar o mesmo que pensava, antes da “coisa” se ter dado.
O maior problema em Portugal, é falta de educação, falta de cultura!
Basta analisar o nosso estilo “desenrasca”, fazemos um pouquito de tudo, mas do que fazemos, muito pouco é realmente bem feito, com cabeça tronco e membros. Por outro lado as empresas portuguesas ou os próprios portugueses que se especializam, são muito bons no que fazem.
Não deve de haver pais no mundo com mais “doutoures e engenheiros” que Portugal. Ainda bem! O que é mau é que a grande maioria do pessoal que se licencia não põe em pratica a formação que recebeu. Além disso, outra das lacunas da formação escolar, tem a ver com o facto das pessoas não aprenderem a dirigir, não lhes ser ensinado como se relacionarem com superiores e inferiores hierarquicos. Daí a grande maioria dos dirigentes serem umas “grandes bestas”, pois, depois de assumirem lugares de chefia, depressa se esquecem, alguns nunca souberam mesmo, do que está abaixo, fazendo questão de mostrar quem tem o poder, quem manda! Essa arrogância muitas vezes leva a decisões pouco ponderadas e que só trazem prejuízos.
Precisamos todos uns dos outros, cada um com o seu papel e as suas atribuições, mas somos todos importantes para a conquista do objectivo final.
Pela experiência de vida que já levo, pelas vivências que tenho tido, sei que ninguém consegue fazer nada sozinho, muito menos a nível profissional. Como tal não entendo qual a vantagem de se “promover” o mau ambiente, ostracizando as pessoas, maltratando quem muitas vezes é a fonte de rendimento. Sempre pensei que quanto mais bem dispostas a pessoas andarem, melhor fazem o seu trabalho, quanto melhor as pessoas se sentirem, mais disponibilidade oferecem. Sempre pensei que quanto mais formação se proporcionar maior será o grau de satisfação de todos os envolvidos. Sempre pensei que o dialogo e a partilha de opiniões é fundamental para que se atinja o bem comum.
Sempre pensei e continuarei a pensar!
Gosto muito de aprender, mas gosto também imenso de ensinar. Tento aprender, sempre com o objectivo de melhorar as minhas performances. É também esse o meu objectivo quando transmito os meus conhecimentos. Ajudar a melhorar as performances de quem por alguma razão tem menos conhecimentos do que eu, numa determinada área, não descurando nunca que essa mesma pessoa pode saber muito mais noutra área onde sou menos instruído. Não me menoriza nada, antes pelo contrario, aprender com quem estou a ensinar.
Esse é sem duvida um problema de base, a falta de educação! Quem ensina, ou melhor, quem transmite conhecimentos, tem pouca apetencia para aprender com os que está a ensinar, pensam quase sempre, que só podem aprender com os que estão na cadeia hierárquica a um nível superior.
Um erro crasso, pois que está a cima, normalmente, não tem a experiência do fazer, de qual é a melhor forma de por em pratica o que os teóricos estudaram. Se todos fossemos arquitectos ou engenheiros civis, quem construiria as estruturas que utilizamos? Pois, precisamos dos pedreiros, dos serventes…. Precisamos sim que todos façam o seu trabalho bem feito, precisamos que tal como acontece no Norte da Europa, se ensinem as pessoas a ser pedreiros, canalizadores,… profissões sem as quais não conseguimos viver e que no nosso País são consideradas “inferiores”. Profissões que as pessoas acabam por exercer porque a “vida” lhes correu menos bem. Depois andamos-nos a queixar que o canalizador que foi lá a casa reparar o tubo roto, não fez um bom trabalho. Natural, normalmente essas pessoas são uns habilidosos, que por terem tais aptidões físicas, desenrascam! Sou determinantemente contra o “desenrasque” e não é porque não seja habilidoso.
É sim porque o ditado “Cada Macaco no seu galho”, é uma das minhas máximas de vida. Se eu não necessitar dos outros, porque irão os outros necessitar de mim?
Partilhando os conhecimentos, a todos os níveis, todos subiremos de nível!
Existe ainda um grande fosso entre os níveis de rendimento mais elevados e mais baixos, típico de países em desenvolvimeno, e que proporciona a ideia de que apenas as habilitações mais elevadas poderão ser compensadoras monetariamente. No entanto, a sociedade precisa de todo o tipo de profissões e deveria remunerar as pessoas de forma a que todos tivessem acesso a condições de vida razoáveis.
ResponderEliminarTodos os trabalhos são dignos e constituem uma forma honesta de ganhar a vida que deveria ser valorizado em detrimento de ideias preconcebidas de falsos "estatutos". Diferenciar sim, aqueles que investem mais no seu trabalho, aqueles que se destacam pelas suas qualidades e pelos seus contributos, mas não exegeradamente, apenas o suficiente para servir de estímulo aos outros para tentar lá chegar, sem pôr em causa as necessidades do outros, sem constituir uma afronta para todos aqueles que se matam a trabalhar e no fim recebem muito pouco!
As mentes abertas ao conhecimento sabem que todos os dias podemos aprender algo, por mais insignificante que seja. A nossa inteligência tem capacidades infinitas, mas o nosso conhecimento é limitado e cabe a cada um alimentá-lo da melhor forma.
ResponderEliminarOs ensinamentos não provêm só dos livros, a experiência de cada um pode constituir uma fonte de saber para outras pessoas menos experientes em determinada matéria.
É questionando aquilo que julgamos saber que evoluímos e que somos capazes de inovar.
A.P.