Consoante a nossa idade vai aumentando, vai aumentando também de forma proporcional a nossa sensatez. É assim que normalmente acontece, vamos perdendo o “sangue na guelra” conforme vamos amadurecendo. O perder alguma coisa, neste caso o “sangue na guelra”, não é sinónimo de uma mudança de carácter ou de convicções. Com o acumular de experiências, a forma como passamos a abordar determinados assuntos passa a ser muito mais racional, menos emocional, mais pragmática.
No entanto há excepções, há momentos e situações que não são, nem podem ser, tratadas de forma racional ou pragmática. As nossas emoções, o nosso coração fala mais alto. Em meu entender, é na escolha do que há-de prevalecer, o coração ou a razão, que distinguimos as “boas” pessoas das “más” pessoas. É pela prioridade que se dá a cada uma das escolhas, e pela forma como se decide qual dos dois “mundos”, o emocional ou o racional, vai imperar, que percebemos a sensatez, a bondade de cada um.
Tenho “engolido” algumas da “minhas teorias”, sobre a forma como deveremos tocar a nossa vida para a frente. Cada um de nós tem formas, teorias e conceitos próprios sobre a melhor maneira para ir vivendo a vida. Tudo depende da educação, na sua forma mais lata, das vivências e dos objectivos, que pretendemos alcançar. No entanto há situações que por não aparecerem nos “manuais”, nos deixam embaraçados.Uma das coisas que tenho ido aprendendo amiúde, é que há alguns factores que não controlamos de todo, especialmente tudo o que diz respeito ás reacções dos outros. Basta pensar um bocadinho para perceber, que muitas vezes, se nos acontecesse a nós não saberíamos como reagir, que muitas vezes a nossas próprias reacções nos surpreendem. Como tal, como poderemos ter a pretensão de adivinhar como os outros irão reagir em determinada situação?
Não faz sentido nenhum acharmos, lá porque pensamos conhecer bem alguém que lhe conseguimos adivinhar os passos, tendo em conta que a grande maioria das vezes nem os nossos sabemos quais irão ser.
Quando tentamos adivinhar o que os outros pensam ou sentem, esquecemos que embora possamos conhecer bem a pessoa que tentamos avaliar, não temos os mesmos sentimentos, as mesmas sensibilidades, as mesmas experiências, as mesmas vivências, ou seja tudo ou a maior parte do que condiciona a reacção, quem está a tentar avaliar vê de forma diferente. Logo o resultado da avaliação, só por mera sorte é que é acertado.
Sabermos entender os outros, é perceber que cada cabeça, sua sentença. É perceber que mais do que querer de que aqueles de quem gostamos ajam como gostaríamos, agem sim como eles próprios melhor se sentem. Compreender as pessoas não é fazer com que façam os que achamos mais correcto ou adequado, mas sim entendermos o que essas mesmas pessoas sentem ser o mais correcto ou adequado.
Adivinhar as atitudes, reacções, ou sentimentos dos outros é no meu ponto de vista pura ficção. Um exercício mental de adivinhação, que tem como resultado final uma pura perda de tempo. Em lugar do exercício de adivinhação, tal aproveitarmos o tempo a pensar na melhor forma de nos tornarmos mais felizes, consequentemente a fazermos também mais felizes aqueles de quem mais gostamos.
Vamos vivendo e aprendendo.
Temos que perceber, que podemos mudar o mundo, mas só o nosso!!!
Há pessoas que amadurecem bem, especialmente aquelas que aprendem com os seus próprios erros. Por vezes as palavras não são suficientes para evitarmos os erros, é preciso cair neles para vivermos a experiência e sentirmos na pele a necessidade da mudança de atitude.
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