segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Regresso a Portugal

Antes que os profetas da desgraça, comecem com o "diz que disse" e o "ouvi dizer", eu digo!
Regressei a Portugal!
Sobre o motivo do meu regresso:
Como não interessa a não ser aos próprios intervenientes e como os mesmos estão por dentro assunto, o resto é conversa fiada. Cada um é livre de dizer o que quer, como quer e a quem quer, mas desde já aviso, que tal como até aqui, bocas e conversas sem sentido e numa de denegrirem o que quer que seja, não são o meu estilo, como tal é melhor evitar porque além de não me afetarem.....passam por mentirosos!
A minha primeira palavra de agradecimento vai para todas as pessoas que dirigi profissionalmente em Benguela. Foi um grande prazer trabalhar com elas, foi uma experiencia extraordinária, onde todos juntos crescemos mais um bocadinho. A humildade, o sentido de responsabilidade, a entrega e a disponibilidade para se fazer mais e melhor são características que reconheci naqueles que colaboraram comigo. Ficarão para sempre guardadas as recordações do que vivemos juntos, das dificuldades e das conquistas. Muitíssimo obrigado! Muito sucesso!
A quem apostou em mim, a quem me concedeu a oportunidade, o meu muito obrigado. Foi uma experiencia bastante enriquecedora, uma grande mais valia tanto profissional como pessoal. Gostaria de vos desejar o maior sucesso e felicidade, sempre bem regado e bem vivido!
Aos Amigos e conhecidos que deixei em Angola, gostaria de deixar uma palavra de agradecimento por tudo o que me proporcionaram, pela felicidade que foi a partilha dos momentos que passamos juntos. Foi também a nível pessoal uma experiencia incrível! Peço desculpa por não me ter despedido....mas despedidas não são a minha praia! Muito obrigado por tudo. Tudo de bom para todos os que se sentiram bem na minha companhia, muito sucesso tanto pessoal como profissional é tudo o que mais vos desejo.
Já agora numa de sossegar as almas mais inquietas, gostaria de referir que me encontro bem, calmo, tranquilo e muito feliz. Não estou insano! Estou só a desfrutar do que fui ajudando a construir!!
Porque a "coisa" já vai longa e porque "para a frente é que é o caminho", como diria alguém:
"Um grande bem haja para todos!"

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Expatriado

A vida tem vários aliciantes, um dos que considero mais espetacular, é o facto de nunca conhecermos o que se vai passar no minuto seguinte.
Quando há uns tempos atrás me propuseram deixar o meu país para trabalhar no estrangeiro, não rejeitei à partida porque normalmente não essa a minha postura, mas fiz sentir que tinha que ser por algo que valesse mesmo a pena.
Pelos vistos e por várias circunstâncias, nunca valeu mesmo a pena.
O que faz alguém que tem uma vida estável, com uma família “bonita”, com emprego, que é reconhecido por aquilo que faz, sem chatices, tomar a decisão mais ou menos radical de abdicar ou esquecer quase tudo isso e tomar um novo rumo?
Pois honestamente, não sei! Se fosse completamente racional e agisse de acordo com os padrões que nos são mais ou menos incutidos. A esta hora poderia estar em qualquer lugar, menos sentado na cadeira onde estou, algures em Benguela.
Tenho por hábito dizer, que nós só conhecemos um lado, aquele por que optamos, tudo o resto não passam de “ses”, os “ses” é algo que não existe, que não dominamos, que desconhecemos completamente. Se assim é porque haveremos de continuar a pensar, “ai se eu tivesse ai!”, “ai se fosse comigo”, “se eu não tivesse….” E por ai fora!
Ora pois bem, de que valem todas estas suposições se a realidade que se nos apresenta não tem nada a ver com isso? A vida não é uma suposição, é um grande conjunto de decisões! Boas ou más, são essas decisões que nos proporcionam tudo o que vivemos ou deixamos de viver.
A minha decisão bem ponderada, de me tornar expatriado, foi feita com os pés bem assentes na terra. Tentei à luz do conhecimento que tinha na altura calcular todos os riscos e todos os pormenores que fizessem que a decisão vale-se a pena.
Pois passados 9 meses de estar a viver afastado de tudo o que tenho de mais relevante na vida, ainda não consigo e nunca conseguirei até lá chegar, saber se no final vai valer a pena. No entanto tudo o que já vivi neste período, tem valido a pena! A experiência que tenho vivido e vou vivendo cada dia que passa, seria uma falta enorme na minha vida se não tivesse tomado a decisão que tomei!
Como é óbvio, nem tudo tem sido “rosas”, mas os espinhos que me tem picado, tem-me tornado melhor pessoa. As dificuldades que tenho vivido, tem-me deixado mais preparado e mais sábio. O conhecimento que tenho adquirido, tem enriquecido o meu portfólio.
Naturalmente nada deste discurso faria sentido, sem o apoio e ajuda de todos os que tem estado comigo, longe ou perto, uns de uma forma outros de outra, mas que tem suportado a minha pessoa e as minhas decisões.
Ser expatriado não é das melhores coisas do mundo, mas viver na indecisão e na frustração é bem pior.
Não vivo frustrado, não vivo indeciso, vivo como um expatriado mas vivo em paz com as minhas opções, com a consciência tranquila de que tenho tentado fazer o meu melhor, para ser feliz e tornar felizes os que eu amo e me amam a mim. Tem valido a pena! Vai valer a pena!
Tendo em conta que não sou praticante de qualquer religião, não agradeço ao Supremo, agradeço sim aos “Terráqueos” que me tem ajudado. Que em mim tem confiado e apostado para que no final tudo vá valer a pena, para todos.

Obrigado!

domingo, 28 de junho de 2015

Carta aberta em resposta

Caríssimo Sr..................
Antes de mais gostaria de cumprimentar vossa excelência, com um grande bem-haja.
Pois tenho para mim que educação é algo que se aprende no berço, apesar do meu não ter sido abastado, foram me ensinados alguns princípios, que felizmente para mim não me deixam resvalar para a falta de respeito para com os outros, sejam eles “humanos” ou “bestas”, tratando todos com igual “nobreza” e “dignidade”.
 Espero que não estranhe a minha linguagem, ainda estou a tentar habituar-me, mas pareceu-me bem escrever utilizando a sua linguagem, assim será de mais fácil entendimento para a sua pessoa.  
Deverá estar o Sr. perplexo desta minha missiva, pois talvez na mesma medida que eu fiquei com o seu artigo de opinião intitulado “ Mercenarismos versus comportamento ético”. No entanto li todo, mais do que uma vez e com muita atenção.
Gostaria de começar, por lhe agradecer o tempo que despendeu a pensar na minha pessoa enquanto fonte de inspiração para o seu artigo, senti-me importante, aliás foi-me atribuída uma importância que sempre tentaram encobrir enquanto fui sua “propriedade”. Sim porque eu não sabia mas pelos vistos fui sua “propriedade”, pois percebi agora, na leitura da sua rabula que para si todos os seus empregados têm um “dono”.
Como deve de calcular, não lhe estou a responder porque tenha ficado satisfeito, no entanto devo desde já alertar que nada mas mesmo nada do que li, assinado por si se aplica à minha pessoa. Respondo porque me considero uma pessoa justa, honesta e de carácter, talvez seja presunção da minha parte, mas sou assim. Porque há algumas imprecisões no que escreveu, onde eu talvez possa ajudar. Porque fez alguns juízes de valor para os quais não lhe reconheço autoridade pela falta de coerência demostrada e acima de tudo porque gosto muito de escrever.
Primeira correcção: Uma citação é sempre colocada dentro de aspas,”…porque conheço o mal do meu reino,…”.
Segunda correcção: O significado da palavra “Mercenário”. Como o Sr. bem sabe, todas as palavras aplicáveis na língua Portuguesa, tem significados definidos. Não há qualquer dicionário de língua Portuguesa que atribua à palavra “Mercenário” o significado que tenta fazer impor na sua dissertação. O mais próximo, será mesmo: “ Que ou aquele que trabalha ou serve por dinheiro”.
 Ora pois bem, aqui há um grande imbróglio. Em circunstâncias normais, faria de todas as pessoas que trabalham e recebem por isso, mercenários. No entanto tendo em conta o seu raciocínio, “todo o trabalhador pertence a uma entidade”, “…mudam de dono como quem muda de camisa”, fico sem saber o que fui afinal enquanto estive vinculado à empresa da qual preside ao concelho de administração. Fui trabalhador assalariado? O que faria de mim um mercenário! Ou fui propriedade da empresa? O que me tornaria “um mero produto transacionável!
Mas afinal o que é o Sr. e os restantes membros do concelho de administração? Não são também mercenários? É que me quer cá parecer, não é que os conheça bem pois só nos relacionamos durante quase 18 anos, que não há muita gente que goste mais de ganhar de dinheiro a qualquer custo que vossas excelências!
Terceira correção: Tanto eu, como nas demais que conheço e que saíram da empresa, durante o meu percurso na mesma, nenhuma das pessoas que saiu por vontade própria, nem mesmo os que formam dispensados, ficou pior do que estava ao serviço da sua empresa. Nenhuma das pessoas em causa “cavou fossos, afastou amizades ou matou a confiança”, só mesmo com os “donos” e vá se lá saber porquê! Eu por exemplo, continuo a ter um óptimo e constante relacionamento com os meus ex-colegas. Obviamente é que só me relaciono com os que me são mais próximos, com aqueles que partilham os mesmos interesses que eu. Digamos que separei o “trigo do joio”.
Quarta correção: A incoerência no discurso! Então os mercenários, são “gente sem ideais”, que “padecem de perturbação mental… disfuncionamento psicológico e emocional” ou “bactérias infecciosas” que até são “pessoas dotadas” capazes de “avinagrar” os “servos e escravos fiéis do filho da mãe do patrão”? Fiquei confuso!
Bem vou acabar com as correções, já lhe estou a dar dicas a mais e ainda só corrigi o primeiro parágrafo!
Vou agora tentar situa-lo, pois quer me parecer que anda ou pouco desfasado da realidade! Vou só abordar o meu caso, porque é o único que conheço ao pormenor, não tenho por hábito falar do que desconheço, embora conheça!
Eu saí da sua empresa porque o responsável pelo departamento técnico e CEO da mesma, QUIS! Sim leu bem, eu só deixei a sua empresa porque a Administração da mesma assim o desejou.  Antes de apresentar a minha demissão, falei pessoalmente com ele no último ano, pelo menos 3 vezes. Em nenhuma das conversas que tivemos manifestou interesse na minha continuidade! Em nenhuma das conversas que tivemos revelou algum interesse pelas questões que lhe apresentei e que eram os meus motivos de desagrado. Não houve uma única vez, que me tenha dito, que não eram razoáveis os meus motivos, muito pelo contrário, prometendo sempre a solução dos mesmos para a próxima ”season”.
Cansei! Cansei de ser usado! Cansei de ser explorado! Cansei de ser tratado “como um mero produto transacionável”! Cansei de trabalhar pro bono! Cansei de ver e presenciar as injustiças, entre os que efectivamente defende “a camisola” da sua empresa e aqueles que são uns meros joguetes que sorriem pela frente e espetam as farpas por trás! Não é e espero nunca ser a minha forma de estar na vida!
Não sabe, mas eu vou-lhe dizer. Se eu tivesse como única “ambição vender-me a quem paga mais”, nunca teria ido trabalhar para a sua empresa. Pois fui para ai a convite, como todas as mudanças que fiz até agora, e fui ganhar muito menos do que ganhava na anterior. Mas mesmo que tivesse entrado com esse propósito, teria permanecido muito pouco tempo, pois felizmente para mim, graças ao meu empenho, dedicação, qualidades profissionais e morais, foram alguns os convites que recebi para mudar de equipa. Qualidades essas que me mantiveram como sua “propriedade” durante tantos anos, pois se assim não fosse teria tido o mesmo caminho dos outros “carneiros” a quem fez o favor de dispensar/despedir porque não lhe rendiam o que pretendia, porque eram “colaboradores com um combustível diferente”.
Parecem-me também desfasados os seus raciocínios sobre motivação e ética. Sei que é um self-made-man, no entanto tendo em conta as responsabilidades que é suposto assumir, deveria ter tido um bocadinho de mais cuidado na leitura dos manuais de gestão. Está escrito em todos os bons manuais que qualquer trabalhador motivado rende muito mais que os que desmotivados! Até os meus filhos já sabem isso, como é que o Sr. se deixou ficar para trás? O tempo do chicote, da ameaça, da chantagem e da calúnia para obrigar as pessoas a fazer o que se pretende, terminou com a revolução industrial, bem sei que Portugal anda um pouco atrasado, mas não tanto assim.
Sobre “comportamentos éticos”,” lealdade”, “integridade”, “preceitos morais” e “respeito”. Aconselho seriamente a leitura de um dicionário de qualidade média da nossa língua portuguesa, pois pelo conhecimento que tenho quer me parecer ser desconhecedor em absoluto do significado dos substantivos.
Por ultimo e porque já perdi mais tempo consigo do que pretendia, gostaria do aconselhar a ter um bocadinho mais de tento nas palavras, quando escreve sobre terceiros, sobretudo sobre desconhecidos. Lá porque tem uma coluna numa revista, que pelos visto é muito mal vista no meio a propósito dos mesmos artigos, seria de melhor tom para si, tendo em conta a sua proveta idade e para a sobrevivência da dita revista, que deixasse de usar o espaço em questão para lavar roupa suja, ou para carpir magoas de assuntos que não conseguiu resolver como “humano”.
Vou acabar esta missiva, com uma citação, entenda-a como lhe convir mais, sei que quem a proferiu não tem qualidades para a proferir, no entanto parece-me adequada para este final.
“É costume dizer-se que as pessoas valem por aquilo que sabem, falam e pensam, mas, sobretudo, pela forma como se comportam.”
Cumprimentos….sempre a considerar!

P.S.- Tem que melhorar o seu português, escreve como o Saramago, mas em mau!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Vinte anos de papel assinado!

Há coisas na vida que não se explicam.....vivem-se!
O que tenho vivido nestes últimos vinte anos, não se explica. Não haveriam palavras suficientes, nunca conseguiria passar ao papel tudo o que me vai na alma.
Sinto-me um privilegiado por te sentir sempre junto de mim, independentemente das distancias físicas, o amor, a amizade, o companheirismo que me dispensas, tornam a minha vida bem mais fácil assim.
Todas as rosas tem espinhos, o nosso roseiral também, mas são uns espinhos bonitos! São também esses espinhos que nos tem feito crescer, que nos tem amadurecido, que nos ajudaram a traçar este percurso de compreensão, alegria e satisfação.
Somos bem diferentes um do outro, é um facto, no entanto tem sido para nós uma mais valia, aprendemos a viver com essas diferenças, a respeita-las a compreende-las. Aprendemos a tornear as dificuldades, tentando sempre tirar o melhor partido possível da situação.
Gostaria de poder passar este dia juntinho a ti, tendo em conta as circunstâncias, terei que ficar pelo "gostaria". Sabes todavia, que estarás sempre juntinha a mim até que a morte nos separe. Aconteça o que acontecer, nunca poderei apagar o teu contributo para me ter tornado naquilo que tenho orgulho em ser. Grande parte do que sou devo-o a ti. Não consigo imaginar o que teria sido ou o que poderá ser, a minha vida sem os teus conselhos, sem as tuas opiniões sem o tem bom senso, sem te ter ao meu lado partilhando todo o amor que tenho tido o prazer de receber.
Obrigado por me continuares a aturar, obrigado por continuares a fazer parte da minha vida. Obrigado por seres quem és. Mas mais ainda,  um obrigado sem tamanho pelo facto de me teres tornado pai.
Amo-te muito Nelma.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Serão os políticos o reflexo da sociedade?

São ou não os políticos reflexo da nossa sociedade?
Esta é uma pergunta recorrente, que embora para mim tenha uma resposta fácil, gera alguma polémica e opiniões várias.
Pois para mim, os politicos são sem sombra de duvidas reflexo da sociedade onde estamos inseridos. Como disse alguém há algum tempo atrás, quem está no topo da hierarquia, não foi criado em redoma de vidro ou num viveiro próprio para dirigentes.
A maior parte das pessoas que conhecemos, não se revêem nos governantes. Pois até pode ser, mas grande maioria, tem memória curta ou mente com todos os dentes que tem na boca!
Ora vamos lá ver!
Então os governantes, politicos em particular, não são eleitos de forma democrática, por todos os cidadãos do país com direito a voto? Não são escolhidos pelos eleitores, como sendo os mais capazes para desempenharem as funções a que se candidatam? Pois cá a mim, quer cá parecer que assim é. Quem vota, em partidos que nunca chegam ao poder, até pode ter alguma razão, no argumento "do não se revê". Mas efectivamente estes não são a maioria. A maioria são os que tem estado no poder desde que acabou a ditadura em Portugal. De um partido ou de outro, o comportamento e postura tem sido rigorosamente a mesma.
Mas é a mesma porque a sociedade também é a mesma! É por esse facto que não há mudanças substanciais, e tudo continua como no principio, cada um safa-se como pode.
Ora se pensarmos um bocadinho, se tentarmos observar o que nos rodeia, as organizações ondem estamos inseridos ou com as quais colaboramos, verificaremos que não diferem em nada das organizações governamentais.
Então a grande maioria das empresas que conhecemos, não são também elas associações onde os interesses que se defendem, são única e exclusivamente os interesses de quem manda?
Então os clubes e agremiações, que conhecemos ou nos quais somos participantes, não são associações onde o compadrio, os conhecimentos e os favores imperam, em detrimento do real valor dos seus participantes?
Pois parece-me que estes dois exemplos reflectem bem, o comportamento da nossa sociedade. Não vejo diferença entre os exemplos que usei, e que reflectem a maioria do nosso país, e as instituições governativas do pais e os seus respectivos titulares.
É típico do povo português, reclamar. Reclama-se por tudo e até por nada. Mas será que se reclama no sitio certo e com quem de direito? Pois talvez não! Porque se assim fosse, além de já se ter mudado alguma coisa, haveria muito mais pessoas acusadas e com problemas às costas. Mas isso as pessoas não querem! Não podem perder tempo para irem às autoridades. Não ganham nada com isso(O argumento mais utilizado)!
As pessoas não são sérias, tal e qual os políticos. As pessoas não reclamam de forma justa e correcta, não sabem o que dizem nem como dizem! O exemplo disso são os livros de reclamações, ou estão vazios ou então tem reclamações absolutamente estúpidas.
Pois com os políticos também se passa o mesmo. Se não vejamos.
Há algum governo que consiga o apoio da oposição para aprovar uma medida, seja ela reconhecidamente boa ou até mesmo imprescindível para o bom funcionamento do país?
Consegue algum partido da oposição, fazer aprovar alguma proposta reconhecidamente boa ou absolutamente necessária para todos nós!
A resposta é sobejamente conhecida: NÃO!
Pois bem, assim sendo há possibilidade de duas conclusões:
1- Há um lado permanentemente correcto, o outro permanente errado.
2- Nem de um lado nem de outro, há honestidade e seriedade, as pessoas movem-se por interesses corporativos ou pessoais, ignorando completamente o bem comum.
Como já não acredito no Pai Natal (quando eu era criança, não havia Pai Natal!), tenho que constatar que a falta de seriedade, a falta de justiça, os interesses corporativos, os interesses pessoais, são os "valores" praticados por quem nos dirige, tanto no governos como na grande maioria das instituições com as quais lidamos. Sejam elas públicas ou privadas, sejam elas instituições de solidariedade ou empresas.
Quem nos dirige, não é reflexo da sociedade que temos! É parte integrante dessa sociedade. É sim reflexo de tudo o que permitimos e aceitamos para vivermos sem.......!

sábado, 21 de junho de 2014

Aeroportos e aviões

Um aeroporto é do mais multi..."tudo" que pode haver!
Para quem gosta de observar, para quem gosta de apreciar o que nos rodeia, passar "umas horas" em aeroportos é uma experiência fantástica!
Em Casablanca-Marrocos, por exemplo, acho bastante interessante apreciar, como as mulheres árabes mudam numa questão de minutos.
Chegadas da Europa em voos de companhias também elas europeias, quase que passam despercebidas no meio dos europeus. Escrevo quase, porque muitas delas, não passam despercebidas em lugar algum. Bonitas e bem cuidadas, fazem agitar os pescoços dos europeus quando passam.
Interessante é que todas seguem o mesmo trajecto. Depois das burocracias aeroportuárias à chegada, antes de se dirigirem à porta de embarque, do voo da Saudi Arabian Airlines fazem uma passagem "cosmética" pelas casas de banho. Desapareceram as mulheres, aparecem uns seres vestidos de preto, onde só se vêem os olhos. Passam a circular nos corredores umas manchas negras, sem identidade.....sem nada que as destinga entre si, fantasmas vestidos de preto.
Nunca presenciei à chegada de Riade, não faço ideia se haverá a mudança inversa, acredito que sim.
O que me pergunto sempre, é se vale mesmo a pena impor aos outros, regras e condutas que além de não fazerem sentido, não são para aplicar ou então só se usam quando dão jeito.
A mudança operada pelas mulheres sauditas em Casablanca, é só mais um dos sinais de como somos todos iguais e ao mesmo tempo, todos tão diferentes.
Por muito multi..."tudo" que se possa ser, há sempre algo que nos choca, aborrece, nos faz pensar! Apesar de ser aborrecido passar horas à espera, onde quer que seja, podemos sempre tentar tirar o melhor proveito possivel.......é o que estou a tentar fazer agora! Fechado dentro de um avião, sete horas e meia em viagem para Luanda-Angola, depois de cinco horas de atraso na descolagem.
Uma seca daquelas que ninguém gosta!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Transportes públicos

Há dias em que andar de transportes públicos parece que estamos numa selva, onde é cada um por si e os outros que se lixem.

Por exemplo, no comboio existem algumas pessoas que se fixam nos lugares que mais lhes convém e nem se preocupam em desviar quando alguém pretende passar. Outros fazem melhor, pedem licença para passar e quando nos desviamos ocupam o nosso lugar. É preciso ter lata!

Também aprecio de sobremaneira aquelas pessoas que andam em mais do que uma fila ao mesmo tempo, na saída das estações do comboio quando temos de passar pelo controlo dos bilhetes/passes sociais. Devem julgar que os outros são todos parvos e que não reparam nos chicos espertos que gostam de passar à frente das outras pessoas. Só demonstram uma completa falta de respeito pelos outros!

Há aqueles que só se preocupam consigo e com as suas necessidades e borrifam-se nos que estão à volta. Em tempos havia um senhor numa estação que entregava uma criança a uma senhora que seguia viajem no comboio. Pois aquela alma ficava danada por as pessoas quererem sair do comboio antes dele poder entregar a criança à mãe e nunca se lembrou de dizer à senhora para sair ao mesmo tempo que os outros, pegar na criança e voltar a entrar juntamente com as pessoas que esperavam pelo comboio. Seria bem mais fácil para todos!

As pessoas que correm para um lugar assim que vaga são de uma astúcia atroz! Por vezes nem respeitam os que estão mais perto e tão pouco querem saber se há pessoas mais necessitadas ou que já estão há mais tempo no comboio. É notável a sua rapidez e agilidade, mas também é preciso estar atento, sem dúvida.

Por vezes há pessoas que gostam de ocupar dois lugares e fazem cara feia quando alguém se mostra interessado em sentar-se no lugar dos seus sacos! Nem faço ideia o que lhes passa pela cabeça, sinceramente.

O expoente máximo da boa educação é quando se vê uma grávida ou alguém com uma criança ao colo e ninguém se levanta, é de bradar aos céus! Já passei por essa situação e chegou a acontecer que nem pedindo às pessoas sentadas nos lugares reservados as pessoas se mexiam.


Resumindo e concluindo, parece a lei da selva.